Entregadores preparam ‘maior greve da história’ contra iFood e outros apps no Brasil
Os entregadores de aplicativos no Brasil estão organizando uma grande paralisação nacional para protestar contra as condições de trabalho oferecidas por empresas como iFood, Rappi e Uber Eats. O movimento, que está sendo chamado de “a maior greve da história” da categoria, tem como principal objetivo reivindicar melhores remunerações, transparência nos repasses e melhores condições de segurança para os trabalhadores.
Motivos da Greve
Os entregadores denunciam reduções progressivas nos valores das corridas, que têm impactado diretamente seus rendimentos. Além disso, reclamam da falta de suporte adequado por parte das plataformas, dificuldades no acesso a seguros de acidente e na transparência sobre os critérios de distribuição das entregas.
Outro ponto crucial é a falta de garantias trabalhistas. Como são considerados autônomos, os entregadores não têm direito a benefícios como férias, 13º salário ou auxílio-saúde. O movimento também denuncia a pressão constante para aumentar o ritmo de trabalho sem a devida compensação financeira.
Adesão e Organização
A paralisação está sendo coordenada por diversos coletivos e associações de entregadores, que utilizam redes sociais e grupos de mensagens para mobilizar os trabalhadores em diversas cidades do país. A expectativa é de que o protesto tenha adesão significativa em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
Os organizadores também estão incentivando os clientes a boicotarem os aplicativos durante o dia da greve, para aumentar a pressão sobre as empresas. “Se o consumidor deixar de pedir por um dia, os apps vão sentir a diferença e serão obrigados a ouvir nossas demandas”, afirma um dos líderes do movimento.
Resposta das Empresas
Até o momento, as empresas afetadas pela greve ainda não emitiram um posicionamento oficial sobre o protesto. No entanto, em greves anteriores, algumas delas afirmaram estar abertas ao diálogo e destacaram investimentos em medidas de segurança e suporte aos entregadores.
Mesmo assim, os trabalhadores afirmam que as soluções oferecidas até agora são insuficientes e que apenas uma mobilização em grande escala pode pressionar por mudanças reais.
Possíveis Impactos
A paralisação pode gerar transtornos para os consumidores, que podem encontrar dificuldades para realizar pedidos nos principais apps de delivery durante o dia da greve. Além disso, a mobilização pode incentivar um debate mais amplo sobre a regulamentação do trabalho de entregadores e motoristas de aplicativos, um tema que tem sido discutido por autoridades e parlamentares.
Caso a greve alcance o impacto esperado, os organizadores já indicaram que estão dispostos a realizar novas manifestações até que suas reivindicações sejam atendidas. Agora, resta saber se as empresas estarão dispostas a negociar e oferecer melhores condições para a categoria.
