Fábio Assunção revela que “virou bebê” e precisou reaprender a vida após dependência
O ator Fábio Assunção fez um relato emotivo sobre o período em que enfrentou dependência química e esgotamento profissional, afirmando que, em certo momento, precisou “reaprender tudo” na vida. Ele abordou o tema em entrevista ao podcast Tantos Tempos, em que refletiu sobre como o vício e o ritmo de trabalho acelerado impactaram sua trajetória.
O que ele contou
Assunção relatou que, por volta dos 30 anos, sentiu-se física e emocionalmente exausto. Ele disse que permaneceu cerca de dez anos trabalhando intensamente em estúdios, e que esse ritmo o levou a um colapso:
“Foi um cansaço, um envelhecimento. Eu precisava parar… Eu cheguei aos 30 exausto. Ali, eu fiquei velho, sabe? Eu virei um bebê. Tive que reaprender tudo: a andar, a falar, a lidar com meus horários.”
Ele também afirmou que o vício não se resumiu apenas ao uso de substâncias, mas ao espaço que essas ocupavam em sua vida:
“Não é um produto que faz você ficar dependente, mas é o espaço que aquilo ocupa na sua vida…”
A recuperação e novo olhar
Assunção ressaltou que, nesta fase da vida, buscou ressignificar seus valores e encontrou na família — ele é pai de três filhos — fundamento para a transformação pessoal. Ele comentou que, olhando para trás, percebeu que aquela fase de “velhice precoce” foi, na verdade, um momento de alerta e redefinição:
“Olhando hoje, de fora, eu acho a vida linda… porque ela sempre te dá possibilidades de você não desistir, ser resiliente, ressignificar.”
Por que esse depoimento é importante
- Ele oferece uma visão humana e sincera sobre dependência química, esgotamento e recuperação no contexto de celebridade, ajudando a reduzir o estigma em torno do tema.
- Ao reconhecer que “teve que reaprender tudo”, Assunção evidencia que o processo de restabelecimento vai além de tratamento imediato: envolve reconstrução de rotina, identidade e hábitos.
- A declaração tem impacto tanto para seu legado profissional — mostrando sua evolução de galã para ator de papéis mais complexos — quanto para a discussão pública sobre saúde mental e dependência no meio artístico.

