Mercado projeta novo aumento da Selic nesta quarta-feira, com a taxa alcançando o maior nível em quase 20 anos ainda em 2025
O mercado financeiro espera um novo aumento significativo na taxa Selic nos próximos meses, como parte da estratégia para combater a alta da inflação. Esse movimento, denominado “choque de juros”, visa desacelerar a economia e reduzir a pressão inflacionária, elevando a taxa básica de juros do país.
Taxa Selic atinge 12,25% e pode chegar a 13,25% já na próxima reunião do Copom
Atualmente, a taxa Selic está fixada em 12,25% ao ano, após quatro aumentos consecutivos. O Brasil ocupa atualmente a segunda posição no ranking de juros reais, o que reflete o impacto elevado da política monetária sobre os custos da economia. Os analistas projetam que, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para a próxima quarta-feira (29), a taxa deve ser elevada para 13,25% ao ano.
Essa será a primeira reunião sob a liderança de Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também será a primeira vez que os diretores indicados por Lula terão a maioria no Copom, órgão responsável por definir a taxa de juros.
Expectativas de alta contínua da Selic e possível pico em junho de 2025
A previsão dos economistas é de que a taxa Selic continue subindo nos próximos meses, com uma possível elevação para 15% ao ano até junho de 2025. Caso se concretize, essa será a maior taxa de juros desde o final de 2006, durante o primeiro mandato de Lula, o que representaria o maior nível em quase 19 anos.
Embora o Banco Central tenha sinalizado aumentos graduais na Selic, o mercado está atento à possibilidade de elevações mais agressivas. Essa expectativa reflete a preocupação com a persistência da inflação e a necessidade de um endurecimento maior da política monetária para controlar o crescimento dos preços.
Conclusão
Com a taxa de juros em alta, o governo e o Banco Central enfrentam o desafio de equilibrar a necessidade de controlar a inflação sem prejudicar demais o crescimento econômico. A subida contínua da Selic pode ter efeitos negativos sobre o consumo e o investimento, impactando diretamente o bolso dos brasileiros. Enquanto isso, o mercado segue monitorando de perto as decisões do Copom e a condução da política monetária, que será fundamental para definir o ritmo da economia nos próximos anos.