Politica

Haddad comenta sobre INSS, Imposto de Renda, PIB, juros e cenário eleitoral

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista abordando temas econômicos cruciais para o Brasil. Entre os assuntos discutidos, destacaram-se o escândalo de fraudes no INSS, a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, as perspectivas para o crescimento do PIB, a taxa de juros elevada e o cenário político-eleitoral.

Escândalo no INSS

Haddad comentou sobre o escândalo envolvendo descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS, que resultaram em um desvio de até R$ 6,3 bilhões. O ministro destacou que a investigação está sendo conduzida de forma independente pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal, enfatizando a autonomia das instituições no combate à corrupção. Ele afirmou que o governo federal não está interferindo na apuração dos fatos, permitindo que as autoridades competentes conduzam o processo sem pressões externas.

Isenção do Imposto de Renda

Haddad defendeu a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, afirmando que o projeto deveria ser tratado como prioridade pelo Congresso Nacional. Ele ressaltou que a medida beneficiaria cerca de 15 milhões de brasileiros e que a compensação da perda de arrecadação seria feita por meio do aumento da tributação sobre os super-ricos, que, segundo o ministro, atualmente pagam menos de 10% de imposto de renda. Haddad criticou gestões anteriores que prometeram a mesma medida, mas não a implementaram, e afirmou que o governo atual está comprometido em cumprir essa promessa.

Perspectivas para o PIB

O ministro expressou otimismo quanto ao crescimento econômico do país, projetando um avanço de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Ele acredita que, ao final do mandato do presidente Lula, a taxa média de crescimento será de 3% ao ano, com distribuição de renda. Haddad destacou que, apesar da taxa de juros elevada, o Brasil tem condições de crescer de forma equilibrada, aproximando-se da média mundial.

Taxa de Juros

Haddad criticou a atual taxa de juros de 14,75% ao ano, afirmando que ela é elevada e prejudica o crescimento econômico. Embora reconheça a autonomia do Banco Central, o ministro atribuiu a alta taxa à “herança” de gestões anteriores. Ele ressaltou que a elevada taxa de juros encarece o crédito e desaquece a economia, dificultando o acesso das famílias e empresas ao financiamento.

Cenário Eleitoral

Embora tenha sido questionado sobre suas pretensões políticas, Haddad evitou comentar diretamente sobre uma possível candidatura ao Senado em 2026. Ele se concentrou em discutir as políticas econômicas do governo e os desafios enfrentados pelo país, deixando claro que seu foco está na gestão da pasta da Fazenda e na implementação das medidas propostas pelo governo.

A entrevista de Haddad forneceu insights importantes sobre a direção da política econômica do governo federal e as prioridades da gestão Lula para os próximos anos. O ministro reafirmou o compromisso com o equilíbrio fiscal, a justiça tributária e o crescimento econômico sustentável, destacando a importância de políticas públicas que promovam a inclusão social e a redução das desigualdades no país.

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