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Homem Morre Após Ingerir Água de Coco Contaminada: Entenda os Perigos Envolvidos

Um caso grave ocorrido na Dinamarca chamou a atenção de especialistas em saúde: um homem de 69 anos faleceu após consumir água de coco contaminada por um fungo tóxico. O incidente foi documentado em um artigo científico publicado na revista Emerging Infectious Diseases, em 2021.

Coco Guardado Fora da Geladeira por Um Mês

A vítima havia adquirido um coco já raspado e o armazenou fora da refrigeração por cerca de um mês. Ao consumir o líquido, notou um gosto estranho e ingeriu apenas uma pequena quantidade. Ao abrir a fruta, percebeu que o interior estava viscoso e deteriorado, o que o levou a descartar o restante.

Sintomas Apareceram Poucas Horas Depois

Cerca de três horas após o consumo, o homem começou a apresentar sintomas severos: suor excessivo, náuseas e vômito. Ele também relatou confusão mental e dificuldade para manter o equilíbrio. O estado de saúde se agravou rapidamente, levando ao acionamento de uma ambulância.

Exames Revelaram Inchaço Cerebral

No hospital, exames de imagem mostraram um quadro grave de inchaço no cérebro. A condição foi diagnosticada como encefalopatia metabólica, uma disfunção cerebral causada por distúrbios no metabolismo. O paciente foi internado na UTI, mas sua situação se deteriorou. Menos de dois dias depois da chegada ao hospital, foi constatada morte cerebral, e os aparelhos foram desligados.

Fungo Tóxico foi Identificado na Análise

Após a morte, uma autópsia revelou a presença de fungos na traqueia do idoso. Investigações iniciais apontaram para uma toxina chamada flavotoxina A, mas testes mais detalhados identificaram o fungo Arthrinium saccharicola no coco. Esse microrganismo é responsável por produzir ácido 3-nitropropiônico, uma substância tóxica com potencial de causar danos neurológicos graves.

Armazenamento Correto é Essencial

Casos similares já foram registrados em outros países, como a China, com sintomas que incluíam vômito, diarreia e, em casos mais extremos, encefalopatia. Ainda não há antídoto para os efeitos dessa toxina, e o tratamento disponível se limita ao controle dos sintomas apresentados.

Especialistas reforçam que cocos pré-raspados devem sempre ser armazenados em geladeiras ou ambientes refrigerados, para evitar a proliferação de microrganismos perigosos.

Conclusão

O caso trágico serviu de alerta para a comunidade médica internacional e destacou a importância do armazenamento adequado de alimentos naturais, como o coco. Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, a colaboração entre diferentes autoridades foi essencial para esclarecer a origem da contaminação e os efeitos devastadores da toxina. A história do aposentado dinamarquês reforça a necessidade de atenção redobrada ao consumo de alimentos aparentemente inofensivos, mas que, sem os devidos cuidados, podem oferecer sérios riscos à saúde.

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