Procuradores devem continuar defendendo a lista tríplice ao final do mandato de Gonet
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) continua defendendo a indicação da Procuradoria-Geral da República (PGR) por meio da lista tríplice, uma prática não prevista em lei, mas que tem sido seguida desde 2001. Com o término do mandato do atual PGR, Paulo Gonet, se aproximando, a expectativa é que o tema ganhe ainda mais destaque, especialmente porque Gonet poderá ser reconduzido ao cargo.
O Papel da Lista Tríplice
Desde 2001, a ANPR realiza eleições internas, nas quais os três procuradores mais votados são enviados ao presidente da República para a escolha do novo Procurador-Geral. No entanto, a escolha é meramente sugestiva, e o presidente tem a liberdade de escolher qualquer nome, mesmo que não esteja entre os três indicados.
Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), a lista tríplice foi respeitada. Contudo, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro não seguiu essa prática, e a mesma aconteceu no início do terceiro mandato de Lula, quando Gonet foi escolhido, apesar de não constar entre os três mais votados.
A Situação Atual e a Avaliação do Governo
Apesar da defesa pela lista tríplice, Gonet tem sido bem avaliado, especialmente por seu perfil técnico. Sua atuação à frente da PGR tem sido vista como positiva, com destaque para o papel do procurador no inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado, que muitos consideram o maior teste de sua gestão até o momento.
Integrantes da PGR indicam que a atuação de Gonet tem fortalecido sua posição, e sua recondução para um novo mandato é amplamente apoiada dentro do governo. Auxiliares do presidente Lula reforçam a avaliação positiva de Gonet, o que sugere que ele tem boas chances de permanecer no cargo.
Conclusão
Embora a ANPR continue a pressionar pela escolha do PGR por meio da lista tríplice, a realidade política e a avaliação interna dentro da PGR apontam para a provável recondução de Paulo Gonet ao cargo. Sua gestão tem sido bem recebida, e a política interna, aliada ao apoio dentro do governo, cria um cenário favorável para sua permanência na Procuradoria-Geral da República.