Licença de Eduardo Bolsonaro tem trapalhada e PL teme fama de ‘fujão’
A licença concedida ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) da Câmara dos Deputados gerou confusão nos bastidores e trouxe preocupação para o Partido Liberal (PL), que teme que seus parlamentares ganhem a reputação de estarem fugindo de embates políticos importantes.
O que aconteceu?
Eduardo Bolsonaro anunciou que tiraria licença não remunerada do cargo de deputado federal por 120 dias, o que evitaria sua substituição por um suplente. No entanto, houve um erro na formalização da solicitação, e a licença foi registrada por 121 dias. Com isso, ele precisaria ser substituído temporariamente por um suplente, algo que não era a intenção inicial.
Diante da falha, Eduardo precisou refazer o pedido para manter a licença dentro do limite de 120 dias, evitando que outro deputado assumisse sua cadeira.
PL teme desgaste político
Nos bastidores, a cúpula do PL está preocupada com a percepção pública de que Eduardo Bolsonaro estaria se ausentando em um momento político delicado, especialmente em meio às discussões sobre as investigações contra seu pai, Jair Bolsonaro, no STF. O partido já enfrenta críticas devido às licenças de outros parlamentares da base bolsonarista, levantando suspeitas de que estariam evitando votações difíceis ou possíveis desgastes políticos.
A oposição tem usado a situação para questionar o compromisso dos parlamentares do PL com os debates no Congresso, aumentando a pressão sobre a sigla.
Próximos passos
Com o erro corrigido, Eduardo Bolsonaro permanecerá afastado temporariamente, mas sem perder seu cargo para um suplente. No entanto, o episódio acendeu um alerta dentro do partido, que pode endurecer as regras internas para evitar que novas licenças gerem crises de imagem.
A expectativa agora é que o deputado retorne à Câmara antes do fim do prazo para evitar mais polêmicas e ajudar o partido a articular sua defesa diante dos desafios políticos que o bolsonarismo enfrenta.
