Mercados europeus encerram sessão em alta, impulsionados por alívio em tarifas dos EUA e dados econômicos positivos
As bolsas europeias encerraram o pregão desta segunda-feira majoritariamente em alta, refletindo o otimismo gerado por novas indicações de que os Estados Unidos podem reduzir tarifas comerciais impostas durante o governo de Donald Trump. Além disso, os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos EUA vieram abaixo das expectativas, reforçando a esperança de que o Federal Reserve (Fed) adote uma postura menos agressiva na política monetária em 2025.
Alívio nas tarifas aumenta otimismo global
As notícias de que o governo dos EUA está considerando diminuir ou remover algumas tarifas impostas durante a administração Trump animaram os mercados globais. A medida, caso confirmada, poderia fortalecer o comércio internacional e aliviar pressões inflacionárias em várias economias.
“O mercado reagiu de forma positiva a qualquer sinal de flexibilização nas tarifas comerciais, pois isso beneficia diretamente a cadeia de suprimentos global e reduz os custos para as empresas”, explicou um analista do setor financeiro.
Dados econômicos dos EUA e impactos na Europa
Outro fator que impulsionou os mercados foi o relatório do PPI dos Estados Unidos, que registrou um crescimento menor do que o esperado. O índice, que mede a inflação ao nível de produção, é um indicador importante para prever os movimentos do Fed.
Com o PPI mais fraco, investidores passaram a acreditar que o banco central norte-americano pode moderar os aumentos de juros, reduzindo os custos de financiamento globalmente. A perspectiva de uma política monetária mais branda beneficiou especialmente setores como tecnologia e consumo, que lideraram os ganhos nas bolsas europeias.
Desempenho dos principais índices
- FTSE 100 (Londres): Fechou com alta de 0,6%, impulsionado por empresas de commodities e bancos.
- DAX (Frankfurt): Registrou alta de 0,8%, com destaque para ações do setor automobilístico, que se beneficiaram diretamente da expectativa de redução de tarifas.
- CAC 40 (Paris): Subiu 0,7%, liderado por empresas de tecnologia e bens de luxo.
- IBEX 35 (Madri): Foi um dos poucos índices a encerrar em leve baixa, com uma queda de 0,1%, devido a recuos em ações do setor bancário.
Setores em destaque
- Tecnologia: Empresas do setor subiram em toda a Europa, com investidores apostando em uma recuperação global mais consistente caso as tarifas sejam efetivamente reduzidas.
- Automóveis: Fabricantes como Volkswagen e Stellantis tiveram altas significativas, refletindo o impacto direto das possíveis mudanças no comércio internacional.
- Commodities: Empresas de petróleo e mineração também se beneficiaram do otimismo geral, com o aumento da demanda global sendo previsto caso a economia dos EUA desacelere de forma ordenada.
Reação dos investidores
A sessão foi marcada por um aumento no apetite ao risco, com investidores reduzindo suas posições em ativos considerados seguros, como títulos públicos, e migrando para ações. O euro também se fortaleceu frente ao dólar, impulsionado pelo sentimento positivo em relação à economia europeia.
“Os mercados europeus tiveram um desempenho resiliente em meio às incertezas econômicas globais, e a perspectiva de uma relação comercial menos tensa com os EUA adiciona mais otimismo à equação”, comentou um estrategista de mercado.
Próximos passos e incertezas
Apesar do otimismo, analistas alertam que ainda há incertezas sobre a implementação real das mudanças tarifárias nos Estados Unidos. Além disso, os mercados seguem atentos aos próximos dados econômicos e reuniões dos bancos centrais, que podem influenciar significativamente o sentimento dos investidores.
Conclusão
O fechamento positivo das bolsas europeias reflete o alívio momentâneo gerado por sinais de distensão no comércio global e indicadores econômicos favoráveis. No entanto, o cenário ainda requer cautela, especialmente com as perspectivas de longo prazo para as políticas monetárias nos EUA e Europa. Os próximos dias serão cruciais para avaliar se o rali atual tem sustentação ou se será ofuscado por novos desafios econômicos.