Emilio Dantas define Doca Street como “personagem esvaziado” em nova minissérie
O ator Emilio Dantas, 43 anos, comentou sobre a experiência de interpretar Doca Street na minissérie Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, que estreou recentemente na HBO Max. A produção retrata o assassinato da socialite Ângela Diniz em 1976 e seu impacto histórico no Brasil.
Dantas descreveu Doca Street — o homem responsável pelo crime — como “um personagem esvaziado”. Para ele, a figura não tinha profundidade emocional própria no contexto da vida de Ângela, atuando apenas como um elemento que cruza o caminho dela em um curto período, de cerca de três meses, antes de cometer o feminicídio.
Ao falar sobre o processo de construção do papel, o ator disse que o papel não o afetou psicologicamente e que conseguiu seguir sua vida com tranquilidade, apesar da complexidade do tema. Ele explicou que Doca Street entra e sai rapidamente da história da protagonista — o que, em sua visão, o torna “irrelevante” em termos de desenvolvimento interno, além de reforçar a violência e as falhas sociais que o caso representa.
Dantas também destacou que aceitou o desafio porque o personagem figura como uma peça‑chave na discussão sobre violência de gênero no Brasil. A narrativa busca não apenas recriar os fatos históricos, mas também provocar reflexão sobre temas sensíveis como impunidade, machismo e o impacto social de casos de feminicídio.
A minissérie tem Marjorie Estiano no papel de Ângela Diniz e inclui nomes como Antônio Fagundes e Thiago Lacerda no elenco. A produção de seis episódios se baseia em um podcast que revisita o caso e suas repercussões, apresentando um olhar dramático e crítico sobre um dos crimes que mais mobilizaram a opinião pública no país.

