Malice, do Clipse, critica o uso da IA na música: “exatamente o que o mundo precisa”
Malice, integrante do grupo Clipse, causou repercussão ao comentar sobre o uso crescente da inteligência artificial (IA) na música. Em suas declarações, ele afirmou que a IA representa “exatamente o que o mundo precisa”, frase usada de forma irônica para criticar a tecnologia.
Para Malice, a IA representa uma ameaça à autenticidade artística. Ele acredita que a música perde valor quando se torna “fabricada”, sem a voz, imperfeições e emoções humanas que dão alma às canções. Segundo ele, a produção musical gerada por máquinas tende a transformar a arte em algo frio e calibrado, sem a experiência pessoal que faz a diferença, especialmente em gêneros como o hip hop.
O rapper também aponta que a IA banaliza a criação musical ao permitir falsificações de vozes e arranjos, favorecendo o imediatismo e eliminando a dimensão humana da arte. Em sua visão, a música não deve ser apenas produto, mas expressão de história, emoção e vivência.
O posicionamento de Malice reflete um debate mais amplo entre artistas sobre a incorporação de IA na música. Embora a tecnologia possa democratizar a criação e facilitar o acesso a ferramentas de produção, há preocupações sobre direitos autorais, originalidade e a perda da “alma” da música.
Ao afirmar que a IA é “exatamente o que o mundo precisa”, Malice utiliza a ironia para alertar sobre os riscos que a tecnologia traz à autenticidade e à humanidade na música, reforçando a importância de valorizar a imperfeição, a emoção e a experiência dos artistas reais.

