Autor celebra estreia de casal lésbico em “Três Graças”: “Finalmente consegui”
O autor Aguinaldo Silva, de 82 anos, celebrou nas redes sociais a repercussão positiva do romance lésbico retratado na novela Três Graças, da TV Globo. Em publicação recente, ele compartilhou uma imagem das personagens Lorena (Alanis Guillen) e Juquinha (Gabriela Medvedovsky) e afirmou: “Desde ‘Senhora do Destino’ eu queria contar uma história assim. Consegui.”
O casal, apelidado pelos fãs como “Loquinha”, rapidamente se tornou um dos núcleos mais comentados da novela. A relação entre Lorena e Juquinha tem ganhado destaque pela naturalidade e pela forma carinhosa como vem sendo construída no enredo, abrindo espaço para debates sobre afeto, representatividade e diversidade.
Nas redes sociais, a aceitação do público tem sido expressiva. Vídeos, montagens e comentários celebrando a química das personagens circulam amplamente, inclusive com repercussão internacional. Fãs elogiam a sensibilidade do casal e destacam a importância de histórias LGBTQIA+ ocuparem o horário nobre da televisão aberta.
Aguinaldo lembra que já havia tentando explorar um romance semelhante em Senhora do Destino, em 2004, com o casal Eleonora e Jenifer. À época, porém, cenas mais íntimas sofreram cortes e limitações impostas pela emissora. Agora, duas décadas depois, o autor comemora a liberdade de desenvolver a narrativa com mais profundidade e respeito às personagens.
A presença de “Loquinha” em Três Graças marca um momento significativo para a teledramaturgia brasileira, mostrando avanços tanto na abordagem de relacionamentos entre mulheres quanto no espaço dado a histórias diversas. Para o autor, a conquista simboliza mais do que uma realização pessoal: representa a possibilidade de retratar amores reais e plurais na televisão aberta.
