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Teddy Swims assume usar IA em processo criativo e explica como utiliza a tecnologia

O cantor e compositor americano Teddy Swims admitiu publicamente que recorre ao uso de inteligência artificial (IA) em parte de seu processo de composição e produção musical — e detalhou o contexto e os limites do recurso.

Durante sua participação em um evento da SXSW Sydney, Swims explicou que, graças à IA, foi possível para seus produtores em Los Angeles alterar uma linha de letra sem que ele precisasse retornar ao estúdio. “Ao invés de eu ir ao estúdio e cantar a frase 15 vezes e gastar tempo, dinheiro e esforço, ele conseguiu apenas mudar a palavra”, disse o artista, enfatizando a importância da agilidade e economia no processo criativo.

Além de ajustes pontuais nas letras, ele também utiliza a IA para “reimaginar” suas composições em diferentes estilos musicais — por exemplo, transformar uma canção originalmente acústica em uma versão country ou rock. Isso permite visualizar rapidamente como a música soaria sob diferentes arranjos, economizando tempo que tradicionalmente levaria meses para ser testado manualmente.

Ainda assim, Swims fez questão de destacar que a IA atua como uma ferramenta complementar — não como substituta da criatividade humana ou da voz original. Ele admitiu haver um desconforto com a ideia de “artistas gerados por IA” e alertou para os riscos da automação completa da música.

A fala de Teddy Swims reacende o debate sobre o uso de IA na indústria musical: por um lado, como ferramenta útil de produção e experimentação; por outro, quanto à preservação da autenticidade artística, dos direitos autorais e do valor do trabalho humano por trás das músicas. Para ele, o uso consciente da tecnologia pode acelerar processos criativos sem comprometer a alma da canção.

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