Virginia Fonseca quer levar influenciadores do samba para promover a WePink no Carnaval
A influenciadora e empresária Virginia Fonseca anunciou que pretende convidar influenciadores do Carnaval para divulgar a WePink, sua marca de cosméticos, durante a folia do próximo ano. A declaração foi dada durante uma transmissão de minidesfiles em comemoração ao Dia Nacional do Samba, quando Virginia participou de conversa com a apresentadora Wic Tavares.
“Eu quero te fazer um pedido, posso? Eu queria ver, no Carnaval, meninos e meninas do samba à frente da WePink, fazendo propaganda. Vou te lançar esse desafio de trazer meninos e meninas da comunidade, no período de Carnaval, como influenciadores da We Pink”, disse Virginia ao ser questionada sobre a ideia. A influenciadora, que fará sua estreia como rainha de bateria da escola Acadêmicos do Grande Rio no desfile de 2026, tratou o projeto como uma tentativa de aproximar sua marca das comunidades do samba.
A proposta, no entanto, já provoca reações mistas. De um lado, aliados e membros de bastidores avaliam positivamente a iniciativa por abrir espaço para artistas e produtores locais e por potencialmente gerar renda para integrantes das escolas de samba. Do outro, críticos apontam que a participação de influenciadores e a presença ostensiva da logomarca da WePink em eventos da Grande Rio — notada em imagens da coroação e em estruturação da quadra — levantam questionamentos sobre a relação entre marketing e tradição cultural. Em algumas publicações nas redes sociais, internautas criticaram o que consideraram excesso comercial e questionaram a conexão entre a influenciadora e a cultura do samba.
A movimentação também reacendeu debate sobre representatividade e profissionalização: defensores da ideia argumentam que levar “rostos do Carnaval” para campanhas pode gerar oportunidades e visibilidade para artistas de comunidade que nem sempre têm acesso a campanhas comerciais; críticos dizem que é preciso cuidado para que parcerias não se transformem em exploração simbólica.
Virginia Fonseca e a WePink terão agora o desafio de transformar a promessa em prática conciliando dois objetivos potencialmente conflitantes: capitalizar a visibilidade do Carnaval para a marca e, ao mesmo tempo, respeitar as estruturas e sensibilidades das próprias escolas de samba. Com a coroação como rainha da Grande Rio já consolidada, a empresária entra no período de ensaios e aparições públicas com atenção redobrada — tanto de apoiadores quanto de opositores nas redes.
A expectativa é que, nas próximas semanas, sejam anunciadas as primeiras ações concretas da marca para o Carnaval — nomes convidados, formatos de campanha e contrapartidas para as comunidades envolvidas. Enquanto isso, a promessa de Virginia permanece como mote para um debate mais amplo sobre como marcas e cultura popular podem dialogar na avenida sem perder a autenticidade.

