Enterterimento

Autora alerta que livros podem ser retirados das livrarias britânicas após proibição a grupo pró-Palestina

A escritora irlandesa Sally Rooney afirmou, em depoimento judicial, que seus livros podem deixar de ser vendidos no Reino Unido devido à proibição do grupo ativista Palestine Action sob as leis antiterrorismo britânicas. A medida colocou editoras e empresas de produção audiovisual em alerta, já que qualquer pagamento à autora poderia ser interpretado como apoio financeiro a uma organização considerada ilegal pelo governo britânico.

Rooney explicou ao tribunal que tanto sua editora, Faber & Faber, quanto a produtora responsável pelas adaptações televisivas de suas obras foram informadas de que o repasse de royalties poderia ser enquadrado como crime. Sem esses pagamentos, contratos de publicação, distribuição e novos projetos se tornariam inviáveis.

Segundo a escritora, o impacto não se limitaria a futuros lançamentos: seus livros já publicados também poderiam ser retirados de circulação nas prateleiras britânicas, caso a interpretação legal seja mantida. Ela alertou que, enquanto o grupo permanecer proibido, não seria possível lançar obras inéditas no país.

A autora, conhecida mundialmente por títulos como Pessoas Normais e Conversas Entre Amigos, classificou a situação como um grave risco à liberdade artística e literária. Rooney argumenta que a restrição tem potencial para afetar toda a cadeia produtiva do mercado editorial, criando um precedente perigoso para escritores, editoras e leitores.

A discussão judicial segue em andamento e tem mobilizado setores culturais, defensores da liberdade de expressão e profissionais da indústria do livro. Enquanto isso, livrarias e editoras aguardam definição oficial para saber se poderão continuar comercializando as obras da escritora no Reino Unido.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *