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João Gomes relata preconceito e fala como enfrenta xenofobia sendo nordestino

O cantor João Gomes, de 23 anos, falou abertamente sobre como lida com a xenofobia e o preconceito regional que enfrentou ao longo da carreira. O artista, um dos principais nomes do piseiro no país, relembrou situações marcantes em que sofreu discriminação por ser nordestino e explicou como transformou esses episódios em amadurecimento pessoal.

João contou que, antes da fama, já havia passado por situações de humilhação. Um dos momentos que mais o marcou aconteceu durante um ensaio: ao pedir água, ouviu uma resposta ofensiva, insinuando que nordestinos “deveriam estar acostumados” com calor e sede. Ele afirmou que frases como essa, aparentemente banais para quem as diz, carregam um peso profundo para quem as recebe.

Mesmo após o sucesso nacional, o cantor afirma que os ataques não desapareceram. Comentários discriminatórios nas redes sociais e falas preconceituosas ainda surgem, mas ele diz que aprendeu a filtrar e priorizar o que realmente importa.

Para lidar com a pressão da fama, da agenda intensa e do desgaste emocional causado pela xenofobia, João contou que investiu em saúde mental. Ele faz terapia e acompanhamento psiquiátrico, o que considera essencial para manter a estabilidade emocional. O artista resumiu o processo como uma “reeducação emocional”, que o ajudou a seguir a carreira com mais consciência, maturidade e resiliência.

Apesar dos desafios, João Gomes reforça o orgulho de ser nordestino e vê sua trajetória como uma forma de valorizar a cultura e o talento da região. Para ele, seguir fazendo música e contando sua história é a melhor resposta ao preconceito — e uma maneira de inspirar outros jovens que vivem a mesma realidade.

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