Estudo aponta que fama encurta a vida de músicos em cerca de quatro anos
Um estudo publicado no Journal of Epidemiology and Community Health aponta que a fama pode reduzir a expectativa de vida de músicos em até quatro anos. A pesquisa analisou 648 cantores, divididos entre artistas famosos e músicos de perfil semelhante, porém sem grande exposição midiática.
Segundo os pesquisadores, os famosos viveram, em média, até os 75 anos, enquanto os não famosos alcançaram cerca de 79 anos. O risco de mortalidade para músicos celebridades foi calculado em 33% maior em comparação ao grupo de controle.
Entre os fatores associados ao encurtamento da vida estão a intensa pressão pública, o estresse contínuo, a falta de privacidade e a cobrança por performance constante. Estilos de vida marcados por viagens frequentes, noites curtas de descanso e mecanismos de enfrentamento prejudiciais — como abuso de substâncias e isolamento — também foram apontados como possíveis contribuintes.
O estudo observou ainda que artistas solo tendem a apresentar maior vulnerabilidade do que músicos de banda. Pesquisadores sugerem que o suporte coletivo do grupo funciona como um fator de proteção emocional e social.
Os autores concluem que a fama deve ser encarada como um fator de risco crônico, com impacto direto na saúde física e mental de artistas. Segundo eles, compreender esses efeitos é fundamental para que a indústria musical adote práticas de cuidado e prevenção, garantindo maior longevidade e bem-estar aos profissionais do setor.

