“Mr. Crowley”: a canção que bancou a fama de ocultista de Ozzy Osbourne
A música “Mr. Crowley”, lançada em 1980 no álbum de estreia solo de Ozzy Osbourne, Blizzard of Ozz, é apontada como aquela que radicalizou a imagem do artista como ligado ao ocultismo.
A faixa foi inspirada em Aleister Crowley — ocultista britânico cuja reputação avantajada e práticas místicas causavam fascínio e medo — o que gerou desde o lançamento uma onda de especulação sobre as verdadeiras convicções de Ozzy.
“Mr. Crowley” não se limitava a referências sutis: o nome do ocultista aparece na própria letra, somado a musicalidade sombria e atmosfera densa, o que reforçava visões de que o cantor mergulhava em temas espirituais e esquisitos.
Com o tempo, os rumores foram alimentados não apenas pela música, mas também por todo o imaginário associado a Ozzy — o visual, o estilo de performance, o histórico polêmico com sua antiga banda, Black Sabbath — fatores que fizeram o público interpretar suas obras não como metáforas ou críticas culturais, mas como expressão real de envolvimento com ocultismo.
Apesar disso, Ozzy sempre negou envolvimento com magia negra ou práticas ocultas de fato. Ele afirmava que a canção era fruto do contexto cultural da época — o fascínio pela figura de Aleister Crowley — e que sua proposta era artística, não religiosa.
Em resumo: “Mr. Crowley” funcionou como catalisador da lenda de Ozzy Osbourne como um artista aliado ao oculto — seja por escolha consciente ou por interpretação alheia. A confusão entre arte, estética e crença transformou a canção em um marco da cultura pop, e sua repercussão mostra como a música pode influenciar percepções e alimentar mitos.

