Brian May revela que Queen avalia apresentação com hologramas para “reunir” a formação original
O veterano guitarrista do Queen, Brian May, voltou a comentar a possibilidade de a banda realizar um espetáculo com hologramas, no estilo de ABBA Voyage. A ideia seria “reunir” virtualmente a formação original — incluindo o saudoso vocalista Freddie Mercury e o baixista John Deacon — e trazer ao palco uma experiência imersiva para o público.
May explicou que a proposta não seria meramente reproduzir vídeos antigos, mas sim recriar o Queen “como se estivéssemos criando agora”. Ele mencionou locais como o Sphere, arena em Las Vegas conhecida por tecnologia de ponta, como possíveis palcos para a experiência: “daria às pessoas a sensação mais próxima de como as coisas eram para nós — Freddie, John, Brian e Roger”, afirmou.
Apesar do entusiasmo de Brian, o baterista original da banda, Roger Taylor, demonstrou reservas. Ele disse ter gostado do show de hologramas do ABBA, mas não considerou as projeções realmente convincentes — embora reconheça que a tecnologia evoluiu e pode permitir algo melhor hoje.
Entre os desafios apontados por críticos e fãs estão a ausência dos integrantes originais — especialmente Freddie, que morreu em 1991 — e de uma boa parte da “alma” de um show real: a interação espontânea, a energia do palco e a imprevisibilidade do ao vivo. Em outras declarações passadas, May já admitiu que prefere shows “ao vivo e perigosos”, em vez de “seres de museu”, quando questionado sobre versões holográficas.
Por ora, trata-se apenas de uma ideia — não há data, local ou escala definidos. Mas a declaração de Brian May reacende o debate sobre os limites da “ressurreição digital” na música: até que ponto a tecnologia pode recriar a magia de uma banda lendária como o Queen — e se isso seria, para os fãs, uma homenagem ou uma ilusão.

