Esporte

Duda revela que desistência do Mundial de Vôlei de Praia veio após “crises” emocionais e físicas

A jogadora de vôlei de praia Duda Lisboa abriu o jogo sobre os motivos que a levaram a desistir da disputa do Mundial da modalidade, marcado para os próximos meses. Segundo ela, não foi uma decisão repentina, mas o resultado de um processo intenso de desgaste mental, físico e emocional, cujos efeitos se acumularam nos últimos meses.


O que Duda contou sobre os bastidores da decisão

1. Cansaço físico além do normal

Duda afirmou que vinha sentindo um nível de fadiga que ia além do esperado para uma atleta profissional em alto rendimento. Segundo ela, os treinos, competições consecutivas e viagens constantes haviam se acumulado de forma que o corpo já não respondia da mesma forma de antes. Esse desgaste, segundo ela, não era apenas muscular: também se manifestava em dores que interferiam na capacidade de recuperação.

2. Sobrecarga mental e emocional

Ela admitiu que a pressão para manter o alto desempenho a estava afetando emocionalmente. Não bastava estar bem fisicamente: a cobrança para estar entre as melhores do mundo, defender resultados e manter sua imagem era constante. Em entrevistas, Duda mencionou momentos de ansiedade, dúvidas sobre sua trajetória e sensação de vulnerabilidade — o que se tornou insustentável quando somado à rotina exaustiva.

3. Crise de identidade e propósito

Mais que o cansaço, Duda relatou viver uma crise de propósito: questionou se valia a pena continuar competindo nas mesmas condições, se seus objetivos pessoais ainda seguiam alinhados com a vida intensa do circuito mundial. Ela disse que essa reflexão não foi apenas sobre vitória ou medalha, mas sobre o que significava para ela ser atleta a longo prazo, com vida fora das quadras.

4. Falta de suporte suficiente

Apesar de ter uma carreira consolidada, Duda disse que algumas parcerias técnicas e de equipe não forneciam o suporte psicológico necessário para atravessar momentos tão intensos. A estrutura — segundo ela — nem sempre contemplava uma preparação mental consistente, fundamental para quem disputa em alto nível e precisa lidar com derrotas, lesões e cobranças.


O impacto da desistência para sua carreira

  • Duda afirmou que a decisão de sair do Mundial não significa aposentadoria, mas sim uma pausa para reavaliar prioridades: ela quer voltar quando estiver mais centrada mentalmente e física para brigar pelos torneios mais importantes.
  • Para seus parceiros de equipe, a ausência dela representa uma lacuna técnica importante. Sua decisão pode forçar mudanças de dupla ou inspirar reestruturações estratégicas para manter a competitividade.
  • No cenário nacional, sua pausa coloca em destaque a importância da saúde mental no esporte de elite, especialmente em modalidades individuais como o vôlei de praia, onde a pressão recai fortemente sobre cada atleta.

O que a desistência revela de maior no esporte

A “crise Duda” é um espelho de algo maior: não é apenas uma fadiga de atleta, mas um reflexo de como esportistas de altíssimo nível lidam com saúde mental, identidade e propósito. A transparência de Duda ao falar sobre essas questões pode ajudar a desestigmatizar debates sobre burnout esportivo, depressão, ansiedade e o valor de se pausar para cuidar da mente.


Conclusão

A saída de Duda Lisboa do Mundial de Vôlei de Praia não é só uma notícia para o esporte: é um alerta para o mundo competitivo dos esportes de elite. Sua decisão, motivada por crises reais — físicas, mentais e existenciais — traz à tona a necessidade de estruturar apoio integral ao atleta, não apenas para vencer, mas para viver bem.

Há um grande desafio à frente: equilibrar o alto rendimento com a saúde emocional. Se ela voltar de fato, será com cabeça clara e desejo renovado — e isso pode tornar sua próxima fase ainda mais significativa.

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