Como um ícone do punk impulsionou a nova fase de Jimmy Cliff
O cantor jamaicano Jimmy Cliff viveu um importante renascimento artístico graças à influência e parceria de um nome emblemático do punk: Tim Armstrong, vocalista e guitarrista da banda Rancid.
Segundo Cliff, nos bastidores de seu álbum Rebirth (2012) — seu primeiro trabalho desde quase uma década sem lançar material inédito — ele foi convidado a trabalhar com Armstrong. A química entre os dois foi imediata: em suas próprias palavras, “a vibe simplesmente fluiu” quando começaram a trocar ideias.
A colaboração começou oficialmente com o EP The Sacred Fire, lançado em 2011, e se estendeu para Rebirth. No disco, há capas de clássicos do punk, como “Ruby Soho” (do Rancid) e “Guns of Brixton” (do The Clash), mostrando bem a ponte entre os universos do reggae e do punk.
Para Armstrong, produzir Cliff significou mais do que gravar: ele afirmou que o objetivo era “ajudá-lo a ser ele mesmo”, mantendo o espírito genuíno do reggae, mas com uma banda apoiando ao vivo.
Esse encontro gerou frutos importantes: o álbum Rebirth rendeu a Jimmy Cliff um Grammy de Melhor Álbum de Reggae em 2013 e é frequentemente citado como uma das suas obras mais inspiradas dessa fase tardia da carreira.

