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Karol G reconecta com suas origens em Tropicoqueta e redefine sua arte

Karol G vive um momento de renascimento artístico. Com seu mais recente álbum, Tropicoqueta, lançado em junho de 2025, a cantora colombiana decidiu fazer algo mais íntimo — revisitar suas origens musicais e culturais — e, ao mesmo tempo, elevar o patamar criativo de sua carreira.

Retorno às raízes

Em Tropicoqueta, Karol investe em uma sonoridade que dialoga diretamente com suas memórias afetivas: há influências de ritmos tradicionais latino-americanos, como vallenato, cumbia e baladas emocionais, misturadas ao reggaeton moderno.

Ela mesma descreve faixas como “Coleccionando Heridas” e “Ese Hombre Es Malo” como uma ponte para a música que ouvia na infância e na escola. Esse resgate não é apenas sonoro, mas simbólico: é uma forma de homenagear sua identidade e sua trajetória.

Além disso, a estética visual do álbum também remete ao tropical latino: no teaser do projeto, Karol aparece com elementos que evocam festa, cores vibrantes e símbolos de sua herança cultural.

Elevação do padrão artístico

Mas esse retorno não é um simples revival — Karol G também está claramente jogando alto. Ela não foge da experimentação: há colaborações com nomes diversos, produção sofisticada e arranjos que fluem entre o popular e o refinado.

Quando surgiram críticas sobre sua liberdade artística — especialmente por músicas como “Latina Foreva”, que fala abertamente da sensualidade feminina — Karol respondeu com convicção. Para ela, o disco reflete a pluralidade da mulher latina: “por que não podemos ser tudo?”, afirmou. Ela reafirma que seu trabalho deve ser visto como uma expressão honesta e empoderada, e não como dono de rótulos simplistas.

Impacto cultural e social

Mais do que música, Tropicoqueta carrega um peso simbólico de representatividade. Karol G compartilha a responsabilidade que sente de representar a comunidade latina — especialmente em um momento global marcado por tensões políticas e debates migratórios.

Esse senso de pertencimento também transparece em seu trabalho social. Ela mantém sua fundação, Con Cora, que apoia mulheres vulneráveis na América Latina — uma extensão do que ela chama de “identidade que pertence a todos nós”.

Maturidade artística

Além disso, Karol G mostra evolução em outros campos: ela vem se firmando como ícone de moda, equilibrando seu estilo exuberante com figurinos mais conceituais, mantendo uma imagem autêntica e elevada.

Em sua jornada, ela também tem se aberto sobre temas pessoais profundos. No documentário Mañana Fue Muy Bonito, ela relata traumas da adolescência — entre eles, um episódio de assédio — e fala sobre a construção de sua carreira com honestidade e resiliência.

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