Estêvão reflete sobre seu início explosivo no Chelsea, mas admite não estar “100% adaptado”
O jovem atacante Estêvão, do Chelsea e da seleção brasileira, tem mostrado talento e protagonismo em sua nova casa — mas ele mesmo reconhece que ainda está em processo de adaptação. Em recente entrevista, ele avaliou seu início “arrasador” nos Blues, mas fez questão de deixar claro: “Ainda não estou 100%”.
Processos de adaptação…
Para Estêvão, a mudança do Brasil para a Inglaterra envolveu mais do que trocar de clube. Ele destacou as diferenças culturais, linguísticas e até climáticas, afirmando que o processo tem sido mais rápido do que ele imaginava, mas que há pontos em que ainda sente dificuldade.
“A adaptação está sendo muito mais rápida do que eu esperava. Um país e uma cultura diferente … Ainda não estou 100%, mas já é melhor do que eu esperava”, disse Estêvão, reconhecendo que há evolução, mas que o caminho ainda não está concluído.
Ele também ressaltou que seu repertório ofensivo vem se ampliando nos treinos do Chelsea: atua pela ponta, por dentro, e procura absorver o máximo com as posições que lhe são dadas. Esse esforço reflete a ambição de crescer tecnicamente e se tornar peça fundamental no time.
…e amadurecimento mental
Não é só o corpo que precisa de adaptação — a cabeça também. Em declarações mais recentes, Estêvão afirmou estar mais maduro mentalmente desde que chegou a Londres. Ele relaciona essa maturidade ao alto nível de cobrança, ao ritmo intenso da Premier League e à responsabilidade de jogar por um grande clube.
“Estou bem mais preparado física e mentalmente para agregar cada vez mais”, disse Ele, reforçando que o apoio da comissão técnica, dos companheiros e da torcida tem sido fundamental.
Esse amadurecimento, segundo o próprio jogador, já se reflete em sua seleção: ele pretende usar seu crescimento pessoal para se firmar no time nacional e mostrar que pode corresponder às expectativas em um torneio maior.
A visão da comissão técnica
O técnico Enzo Maresca demonstrou confiança no jovem. Segundo relatos, ele acredita que Estêvão já tem condições de começar entre os titulares, mas reconhece que adaptar um jogador tão jovem a uma liga tão exigente exige tempo — especialmente para ajustar detalhes como condicionamento físico, tomada de decisão e pressão psicológica.
Maresca também brincou sobre outro desafio que Estêvão enfrenta: o frio inglês. “Ele estava reclamando do frio na última semana”, disse o treinador com bom humor, destacando que parte da adaptação vai além das traves: envolve o clima, os treinos, o estilo de vida.
O que isso significa para o futuro
- A declaração de Estêvão mostra autocrítica e consciência de que ainda precisa evoluir — algo raro em jogadores tão jovens.
- Embora já tenha impacto em campo, ele parece entender que o caminho para se tornar protagonista de fato passa por superar não só adversários, mas seus próprios limites.
- Se continuar evoluindo mentalmente e fisicamente, pode se tornar uma peça importante tanto para o Chelsea quanto para a seleção brasileira.
- Por outro lado, a falta de adaptação total pode significar oscilações de desempenho, especialmente em momentos de maior exigência.
Conclusão
Estêvão tem feito um começo impressionante no Chelsea, e é justamente por isso que sua avaliação honesta sobre a adaptação ganha ainda mais peso. Ele ainda não se sente “100%”, mas já supera suas próprias expectativas. Esse equilíbrio entre ambição, talento e maturidade pode ser o diferencial que o levará a se consolidar como uma das grandes promessas brasileiras na Europa — se bem administrado, seu talento pode render frutos ainda maiores.

