Enterterimento

Renata Gaspar interpreta feminista à frente de sua era na série sobre Ângela Diniz

A atriz Renata Gaspar assume um papel de protagonismo social ao interpretar Gilda – personagem inspirada em figuras feministas brasileiras dos anos 70 – na minissérie Ângela Diniz: Assassinada e Condenada, que estreia em 13 de novembro de 2025 na plataforma HBO Max.

Um papel que simboliza resistência

Em cena, Gilda é amiga de infância da socialite Ângela Diniz (vivida por Marjorie Estiano) e encarna uma mulher à frente de seu tempo: lésbica, acadêmica, feminista, que estuda em Londres e retorna ao Brasil para se envolver em mobilização pelo fim da impunidade nos casos de violência contra mulheres.
Renata define sua personagem como alguém que usava o estudo para contestar desigualdades de gênero em pleno Brasil dos anos 60 e 70.

Contexto da série

A minissérie reconstitui o assassinato de Ângela Diniz em 1976, além de abordar o julgamento, os desdobramentos e o impacto no movimento feminista brasileiro.
Renata observa que a escolha de interpretar Gilda permite revisitar o legado dessas mulheres “organizadas, determinadas e que fizeram história”, em um momento de fortes tensões políticas e culturais.

Impacto e relevância

Renata comenta que os temas feministas parecem estar “a lhe buscar”, já que seus últimos personagens também tocaram em violência de gênero e desigualdades — como nas produções Um Lugar ao Sol (2021) e Terra e Paixão (2023).
Para a atriz, assumir uma personagem que reage — em vez de apenas sofrer — representa “um ato de resistência”. Gilda não é vítima da história, mas parte ativa de uma mobilização.

Por que vale atenção

  • A atuação de Renata Gaspar marca uma guinada no seu perfil artístico: da comédia e papéis de sofrimento, para uma personagem que questiona o sistema.
  • A série traz à tona reflexões que permanecem atuais: machismo estrutural, impunidade no feminicídio, e mídia como palco de julgamento.
  • O papel de Gilda aponta para um resgate histórico das mulheres que, embora pouco visibilizadas, foram fundamentais para mudanças sociais.

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