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Novo SUV da Chevrolet inspirado no Onix chega em 2026 — mas herda peça polêmica no motor

A Chevrolet prepara-se para lançar em maio de 2026 o novo utilitário esportivo compacto que deriva do Onix, batizado internamente como projeto “Carbon”. O modelo entrará num segmento muito disputado — o dos SUVs compactos — com o objetivo de concorrer diretamente com veículos como o Fiat Pulse e o Volkswagen T‑Crossover (ou o que for o nome final do “Tera”).
Apesar das muitas novidades visuais e posicionamento, o que chama atenção é que, mesmo com o novo modelo, a motorização continuará usando a famosa correia dentada banhada a óleo — peça que gerou preocupação entre consumidores por desgaste prematuro ou falhas graves.


1. O que sabemos sobre o “Carbon”

  • O novo SUV será fabricado na planta da Chevrolet em Gravataí (RS), ao lado do Onix e Onix Plus.
  • A proposta é oferecer altura de rodagem maior, visual diferenciado, para atrair quem quer SUV em vez de hatch-compacto.
  • A motorização inicial confirmada: motor 1.0 Turbo Flex (três cilindros) — com câmbio automático de seis marchas — será a única opção no lançamento. Segundo apurou a imprensa, não deve haver versão com motor aspirado ou outra cilindrada no início.
  • A manutenção de custo, economia de escala e rentabilidade parecem fortes no plano da marca, com a adoção da plataforma e motor já conhecidos.

2. A polêmica da correia banhada a óleo

  • A correia dentada desse motor é “banhada” no óleo do motor (ou seja, trabalha imersa em óleo). A ideia é reduzir ruído, peso e manutenção — mas na prática ela foi alvo de reclamações.
  • Relatos de proprietários indicam que a correia se esfarela ou rompe bem antes dos prazos indicados quando há uso de óleo fora da especificação ou manutenção descuidada.
  • A Chevrolet ampliou garantia para 240 mil km para o motor, e introduziu uma nova formulação da correia, mais resistente a óleos fora da especificação ou contaminados — mas manteve o conceito de correia banhada a óleo.
  • No novo SUV “Carbon”, a marca confirma que a correia continuará, o que acende a luz amarela para quem avalia o veículo com cuidado.

3. Implicações para quem pensa em comprar

  • Embora o novo SUV pareça atraente (SUV compacto, novidade, produção local, motor turbo 1.0), o fato de usar o mesmo sistema de correia já polêmico exige atenção redobrada: é fundamental cumprir rigorosamente o manual do proprietário, em especial o óleo lubrificante recomendado.
  • Mesmo que o veículo seja zero-quilômetro, se o uso ou manutenção for negligente (como uso de óleo errado, longos períodos entre trocas), o risco de dano grave ao motor continua presente.
  • Em caso de revenda ou compra futura, o histórico de manutenção desse componente será um ponto de inspeção importante — não é apenas “qual carro eu quero”, mas “qual histórico ele tem”.
  • Para a montadora, o fato de manter o sistema pode ser visto como economia de escala ou continuidade tecnológica; para o consumidor, pode significar risco adicional ou custo de manutenção mais elevado, ou pelo menos mais vigilância.

4. O que muda em relação ao Onix e por que ainda manter a correia

  • Em relação ao Onix, o Carbon traz plataforma semelhante mas corpo e visual diferentes, altura maior, posicionamento de SUV e foco talvez mais premium ou “aventura urbana”.
  • A razão técnica para manter a correia pode estar em custo de produção, compatibilidade da arquitetura do motor, já calibrada, ou em cronograma de desenvolvimento em que a mudança para corrente (por exemplo) exigiria reengenharia maior.
  • A marca fez melhorias na correia (nova formulação, fornecedor diferente, reforço de fibras) para mitigar os riscos associados, reconhecendo implicitamente os problemas anteriores.

5. Recomendações antes da compra

  • Se estiver considerando o “Carbon” ou outro modelo com correia banhada a óleo da Chevrolet, verifique se o manual exige lubrificante específico (especificações Dexos, viscosidade etc) e planeje cumprir trocas com rigor.
  • Pergunte à concessionária ou vendedor sobre garantia estendida do motor relacionada a essa correia. A Chevrolet já fala em 240 mil km para os Onix com nova correia — confira se o Carbon terá condição semelhante.
  • Avalie revisões, custo de manutenção, histórico de peças e se há campanhas de controle ou inspeção específica para esse sistema.
  • Compare com concorrentes: talvez um motor com corrente de comando ou sistema mais tradicional possa dar mais tranqüilidade, mesmo que com menor “marketing”.

Conclusão

O novo SUV da Chevrolet, popularmente chamado “Carbon”, chega com boas credenciais: novidade, produção local, motor turbo moderno, visual de SUV. No entanto, o fato de continuar com a correia dentada banhada a óleo, mesmo com melhorias, é um alerta para compradores atentos.
Se a manutenção for seguida à risca, o risco de problema pode ser baixo; mas se houver descuido ou uso inadequado de lubrificante, as consequências podem ser graves — e o custo elevado.
Em resumo: é uma opção promissora, mas exige cuidado no pós-compra, investigação no histórico e cumprimento das exigências técnicas.

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