Derrite recebe elogios de Hugo por ajustes no PL Antifacção que reforçam apelo por união política
Em um momento de intensa discussão sobre o combate ao crime organizado e a necessidade de aprimorar o marco legal de segurança pública, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Derrite, recebeu elogios do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) pelas alterações apresentadas no Projeto de Lei Antifacção. O parlamentar destacou que as mudanças propostas pelo ministro refletem um esforço por maior unidade entre os poderes e partidos, algo considerado essencial diante do avanço das facções criminosas em diferentes estados do país.
O PL Antifacção tem sido um dos temas centrais do debate legislativo nos últimos meses, especialmente após o aumento das operações policiais contra o tráfico e o fortalecimento de grupos criminosos nas regiões Norte e Sudeste. As modificações feitas por Derrite buscam aperfeiçoar o texto original, garantindo mecanismos mais claros para a cooperação entre forças estaduais e federais, além de ampliar a base jurídica para investigações integradas.
Durante a análise do texto, Hugo Leal ressaltou que a proposta revisada demonstra sensibilidade política e técnica. Segundo ele, a postura de Derrite revela um ministro disposto a dialogar com diferentes setores e a ajustar o projeto de acordo com as demandas do Congresso, algo que, em sua visão, fortalece o caráter democrático da formulação de políticas públicas. O parlamentar afirmou ainda que o Brasil vive um momento em que a união entre as instituições é fundamental para restaurar a confiança da população na segurança pública.
As modificações no PL incluem, entre outros pontos, a criação de um sistema nacional de inteligência contra facções, a ampliação de recursos para os estados mais afetados pela criminalidade e o endurecimento das penas para líderes de organizações criminosas que operem de dentro dos presídios. Derrite também propôs mecanismos de cooperação internacional voltados à troca de informações sobre tráfico de armas e lavagem de dinheiro.
Essas medidas vêm sendo vistas com bons olhos por especialistas em segurança e por parte dos parlamentares, que reconhecem o esforço de construir uma legislação mais eficaz e menos fragmentada. O ponto central, segundo analistas, é o estímulo à integração entre forças federais, estaduais e municipais, um desafio histórico do sistema brasileiro.
Hugo Leal lembrou que, ao longo dos anos, várias tentativas de unificar o combate ao crime organizado fracassaram por falta de consenso político e de articulação administrativa. Para ele, as recentes mudanças indicam uma nova fase, em que o diálogo é colocado acima de divergências partidárias. “O foco deve ser o interesse público e a proteção da sociedade”, afirmou o parlamentar em pronunciamentos recentes.
O PL Antifacção ganhou força após uma série de ataques violentos atribuídos a facções em diferentes estados, o que reacendeu a discussão sobre a necessidade de leis mais duras e instrumentos mais modernos de repressão. Com o apoio de governadores e secretários de segurança, o projeto passou a ser visto como uma prioridade no Congresso, especialmente diante da crescente pressão popular por resultados concretos.
As mudanças promovidas por Derrite também contemplam a capacitação de agentes de segurança e a criação de um fundo especial destinado a financiar operações conjuntas. A ideia é garantir recursos estáveis para ações de longo prazo, evitando a descontinuidade de programas por falta de orçamento. Além disso, o texto prevê medidas de proteção a testemunhas e mecanismos de controle mais rígidos sobre comunicações ilícitas em presídios.
Analistas políticos observam que o gesto de Hugo Leal ao elogiar o ministro vai além do mérito técnico do projeto. Representa, segundo eles, um sinal de maturidade institucional e de busca por consenso em um tema historicamente marcado por disputas ideológicas. A aproximação entre o Congresso e o Ministério da Justiça pode abrir caminho para a aprovação de uma legislação robusta e equilibrada.
Ao final das discussões mais recentes, Derrite reiterou seu compromisso em manter o diálogo aberto e destacou que o sucesso do PL depende da colaboração entre todas as esferas do poder público. A expectativa é que o texto consolidado seja apreciado nas próximas semanas, após a fase de ajustes nas comissões temáticas.
O elogio de Hugo Leal simboliza, portanto, um movimento mais amplo de convergência entre atores políticos em torno de um objetivo comum: fortalecer o Estado brasileiro no enfrentamento às facções criminosas e garantir mais segurança à população. Em meio a um cenário de desafios complexos, a palavra “unidade”, citada pelo parlamentar, resume o espírito que o governo e o Congresso tentam imprimir à nova política de segurança nacional.

