Dorival cobra mudanças no apito após revés do Corinthians: “Situação ultrapassou o limite”
A derrota recente do Corinthians voltou a colocar a arbitragem no centro do debate. Após o jogo, o técnico Dorival Júnior demonstrou forte insatisfação com a condução da partida, apontando erros que, segundo ele, influenciaram diretamente no resultado. Em seu tom, não havia apenas frustração momentânea: havia a sensação de que o problema é repetitivo, antigo e estrutural.
Dorival afirmou que sua equipe foi prejudicada em lances decisivos, destacando faltas não marcadas, critérios diferentes ao longo do jogo e falta de segurança por parte da equipe de arbitragem. Para o treinador, não se trata mais de reclamar de um lance isolado, mas de ressaltar um padrão que se repete em diferentes rodadas e confrontos importantes.
Treinador fala em limite ultrapassado
Durante a entrevista, Dorival falou calmamente, mas com firmeza. Ele destacou que o Corinthians tem tentado se manter competitivo, mesmo em meio às oscilações na temporada, mas que episódios como o da partida tornam o trabalho mais difícil.
Segundo ele, jogadores se sentem desestimulados quando percebem que as decisões dentro de campo não seguem um critério claro. A repetição de situações assim, conforme apontou, desgasta o grupo e prejudica o espetáculo.
Vestiário sentiu o impacto
Nos bastidores, o ambiente foi de indignação. Atletas relataram a sensação de impotência em lances onde acreditavam ter sido injustiçados. Dorival conversou com o elenco após o jogo e reforçou que a equipe não deve perder o foco, mas também destacou que é preciso que a arbitragem “acompanhe a evolução do futebol”.
Pedida por revisão profunda no sistema
O treinador sugeriu que a discussão sobre arbitragem não deve ser reduzida a um debate entre torcedores ou dirigentes. Para ele, o problema se encontra na base da formação dos árbitros, na padronização interpretativa e até no uso do VAR, que, ao invés de reduzir polêmicas, muitas vezes amplia dúvidas.
Dorival defendeu que o futebol brasileiro precisa de um padrão nacional claro, com mais transparência nas avaliações de árbitros, critérios públicos sobre desempenho e um programa de correção contínua para quem erra de maneira recorrente.
A pressão aumenta na reta final da temporada
Com o campeonato entrando em uma fase decisiva, qualquer detalhe pode ser determinante — e é justamente por isso que Dorival insiste que não se pode mais “aceitar” erros que mudam o ritmo e o rumo de jogos importantes. Para ele, os atletas dão tudo em campo, a comissão técnica trabalha diariamente e o torcedor lota estádio. O mínimo, segundo o técnico, é que o jogo seja decidido por futebol, e não por equívocos.

