Quatro anos depois da morte, Marília Mendonça deixa legado como Rainha da Sofrência
Nesta quarta-feira (5), completam-se quatro anos da morte da cantora Marília Mendonça, que faleceu aos 26 anos em um acidente aéreo em Minas Gerais. Considerada a Rainha da Sofrência, ela se tornou um dos maiores nomes da música brasileira e símbolo do chamado feminejo, movimento que deu voz às mulheres dentro do sertanejo.
Nascida em Cristianópolis (GO) em 22 de julho de 1995, Marília começou a compor ainda na infância. Aos 12 anos, já escrevia músicas que seriam gravadas por grandes artistas, como “Cuida Bem Dela” (Henrique & Juliano) e “Ser Humano ou Anjo” (Matheus & Kauan). Seu talento como compositora abriu caminho para a carreira de cantora, que decolou em 2014 com o lançamento de seu primeiro EP.
O sucesso nacional veio em 2016 com o hit “Infiel”, música que a transformou em fenômeno. De lá, Marília construiu uma trajetória meteórica, reunindo multidões em shows, conquistando prêmios e acumulando recordes de streaming. Seu carisma e autenticidade fizeram dela uma artista amada por públicos de todas as idades.
Conhecida por letras diretas e emocionais, Marília traduziu nas canções o cotidiano de mulheres reais — amores, desilusões e superações. Com isso, consolidou-se como um ícone feminino da música popular e abriu portas para outras vozes femininas no sertanejo, como Maiara & Maraisa, Naiara Azevedo e Lauana Prado.
Mesmo após sua morte, o legado da artista continua crescendo. O álbum póstumo “Decretos Reais”, lançado em 2023, conquistou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja. Além disso, suas músicas seguem entre as mais ouvidas do país, reforçando o impacto duradouro de sua obra.
A morte precoce de Marília causou comoção nacional e deixou uma lacuna irreparável na música brasileira. Mas, quatro anos depois, sua voz, suas composições e sua história seguem vivas — inspirando milhões de fãs e reafirmando o título que ela mesma eternizou: Rainha da Sofrência.

