Lucro do GPA alcança R$ 137 milhões no terceiro trimestre e indica recuperação gradual das operações

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) apresentou um lucro líquido de R$ 137 milhões no terceiro trimestre de 2025, marcando um resultado positivo que reflete o avanço das estratégias de reestruturação e otimização adotadas pela companhia nos últimos anos. O número mostra uma retomada consistente do grupo no varejo alimentar, após um período de ajustes operacionais e desafios macroeconômicos que afetaram o setor.

De acordo com o balanço divulgado pela empresa, o desempenho foi impulsionado principalmente pela melhoria nas margens operacionais e pelo controle rigoroso de custos e despesas. O GPA tem focado na consolidação de suas operações no Brasil, após a separação das atividades na Colômbia, e agora busca fortalecer a presença das bandeiras Pão de Açúcar e Minuto Pão de Açúcar, além de expandir o modelo de lojas de conveniência e e-commerce alimentar.

O resultado representa uma reversão importante em relação a trimestres anteriores, quando o grupo enfrentava pressões sobre as margens e custos elevados. A melhora operacional também foi favorecida por um ambiente de consumo mais estável e por avanços na digitalização das operações. O GPA tem investido de forma crescente em tecnologia e em estratégias de fidelização, o que tem ampliado o engajamento dos clientes e impulsionado as vendas.

As vendas totais apresentaram um crescimento leve, mas consistente, refletindo o foco da companhia em produtos de maior valor agregado e em iniciativas voltadas para o público premium. As lojas da bandeira Pão de Açúcar tiveram um desempenho acima da média do setor, com destaque para as unidades reformadas e para o avanço do programa de cashback e benefícios aos consumidores frequentes.

O e-commerce, um dos pilares da estratégia do grupo, registrou crescimento de dois dígitos e ampliou sua participação no faturamento total. A integração entre o ambiente físico e digital tem sido um dos pontos centrais da operação, permitindo uma experiência mais completa e eficiente para o cliente. O sistema de entregas rápidas e a expansão dos pontos de retirada em lojas físicas também contribuíram para a melhora nos resultados.

Em relação à estrutura financeira, o GPA destacou a redução do endividamento líquido, resultado de uma política de disciplina financeira e de renegociação de passivos. A empresa tem priorizado o fortalecimento do caixa e a gestão eficiente do capital de giro, garantindo maior estabilidade para enfrentar os desafios do mercado varejista.

Os analistas de mercado consideraram o resultado positivo como um sinal de que o grupo conseguiu ajustar sua estrutura para o novo ciclo econômico. Mesmo com margens ainda abaixo dos níveis históricos, o GPA demonstrou capacidade de adaptação e resiliência, mantendo o foco na eficiência operacional e na rentabilidade de longo prazo.

O CEO do grupo destacou que a estratégia de reposicionamento das marcas está no caminho certo, e que a empresa continuará apostando em inovação e experiência do consumidor como diferenciais competitivos. Além disso, o GPA vem reforçando suas práticas de sustentabilidade e responsabilidade social, integrando metas ambientais e de governança em seu planejamento estratégico.

O setor de varejo alimentar, de forma geral, enfrenta um ambiente competitivo e com margens apertadas, mas o desempenho do GPA mostra que o grupo vem recuperando espaço e se fortalecendo frente aos concorrentes. O avanço das plataformas digitais, a modernização das lojas e a gestão de custos mais eficiente têm sido fatores determinantes para essa retomada.

Com o resultado positivo do terceiro trimestre, o GPA consolida uma trajetória de recuperação e prepara o terreno para um novo ciclo de crescimento em 2026. O grupo aposta na combinação entre inovação, eficiência e proximidade com o cliente para sustentar o ritmo de evolução e continuar ampliando sua presença no mercado brasileiro, reafirmando sua posição como um dos principais nomes do varejo alimentar nacional.