Economia

Lucro da Pague Menos salta 50% no terceiro trimestre e chega a R$ 80,6 milhões com avanço em vendas e eficiência operacional

A rede de farmácias Pague Menos registrou lucro líquido de R$ 80,6 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento expressivo de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho reflete o avanço nas vendas, a melhoria na margem operacional e o controle de custos, consolidando a companhia como uma das principais varejistas do setor farmacêutico no país.

De acordo com o balanço financeiro divulgado pela empresa, a receita bruta totalizou R$ 2,97 bilhões, um aumento de 11,5% em comparação com o terceiro trimestre de 2024. O crescimento foi impulsionado principalmente pela expansão das lojas físicas e pelo forte desempenho do canal digital, que segue ganhando relevância na estratégia de vendas omnichannel da companhia.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 243,8 milhões, alta de 23,2% na comparação anual. A margem Ebitda subiu para 8,2%, reforçando a eficiência operacional da empresa em um cenário competitivo marcado pela pressão nos custos logísticos e pelo aumento das despesas gerais.

A companhia destacou que o trimestre foi beneficiado pela integração total da Extrafarma, cuja aquisição foi concluída recentemente. A sinergia entre as operações resultou em ganhos de escala, otimização da malha de distribuição e melhor aproveitamento da rede de lojas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a Pague Menos possui forte presença.

Outro ponto relevante foi o avanço das vendas de genéricos e medicamentos de prescrição contínua, segmentos que contribuíram para o aumento da margem bruta. O desempenho também foi sustentado pelo crescimento do Programa Sempre Bem, voltado à fidelização de clientes, que ampliou o tíquete médio e o volume de compras recorrentes.

A digitalização dos serviços segue como um dos pilares estratégicos da empresa. O aplicativo da Pague Menos registrou aumento significativo no número de usuários ativos, e o canal de entregas rápidas se consolidou como uma das principais frentes de crescimento. As vendas digitais representaram 13% do faturamento total do trimestre, percentual recorde na história da companhia.

A gestão de estoques e o controle rigoroso de despesas administrativas também contribuíram para o resultado. A empresa vem adotando um modelo de gestão de custos mais enxuto, o que permitiu maior rentabilidade mesmo diante da desaceleração em algumas categorias do varejo farmacêutico.

Em nota, o CEO da Pague Menos, Mário Queirós, destacou que os resultados refletem “a força do modelo de negócios e a execução disciplinada da estratégia de crescimento sustentável”, ressaltando que o foco da companhia permanece na rentabilidade e na experiência do cliente.

A rede encerrou o trimestre com 1.660 lojas em operação, incluindo unidades recém-inauguradas em cidades médias e pequenas. A Pague Menos projeta abrir cerca de 80 novas lojas até o fim de 2025, com prioridade para regiões ainda pouco exploradas e de alto potencial de consumo.

Com o forte desempenho financeiro e operacional, analistas de mercado veem a companhia em uma trajetória de consolidação no setor farmacêutico, disputando espaço com gigantes como Raia Drogasil e Drogaria São Paulo. O avanço contínuo nas margens e a integração digital são apontados como fatores-chave para a manutenção do crescimento nos próximos trimestres.

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