Paul McCartney rompe silêncio: relembra encerramento dos Beatles e contesta versões
Em recente entrevista, Paul McCartney, de 83 anos, voltou a abordar a dissolução dos The Beatles, ocorrida em meados de 1970, e contestou versões que o colocam como principal responsável pelo fim do grupo. Ele afirmou que, ao contrário do que se tornou lugar‑comum entre fãs e biógrafos, a iniciativa da separação partiu de John Lennon.
Segundo McCartney, a ruptura ocorreu porque Lennon “um dia entrou na sala e disse ‘eu estou saindo dos Beatles’”. A partir desse momento, ele afirma ter permanecido disposto a continuar com a banda: “Esse era o meu grupo, esse era o meu trabalho, essa era a minha vida, então eu queria que continuasse”. Em seu relato, McCartney afirma que a carga criativa ainda era forte — discos como Abbey Road e Let It Be foram importantes e ele acreditava que “ainda estávamos produzindo coisas bem boas”.
Além disso, McCartney voltou a tocar no terreno das teorias conspiratórias que rodeiam os Beatles. Principalmente, ele mencionou a antiga lenda urbana conhecida como “Paul is dead”, segundo a qual ele teria morrido em 1966 e sido substituído por um sósia — teoria essa que persiste entre fãs como um dos clássicos do rock. Apesar de não entrar em detalhes extensos sobre essa versão, McCartney deixou claro que se trata de um mito antigo, mas que ainda surpreendentemente segue sendo debatido.
No decorrer da conversa, McCartney comentou ainda sobre o papel do empresário Allen Klein, cuja gestão financeira e de negócios dos Beatles acabou gerando “ambiente estranho” nos bastidores. Ele disse que, com o envolvimento de advogados e disputas corporativas, o clima no grupo se alterou: “Começamos a ter reuniões pequenas e era horrível. Era o oposto do que éramos. Eram músicos, não reuniões de negócios”.
Em trecho da entrevista, McCartney refletiu sobre sua relação com Ringo Starr — único outro integrante vivo da formação clássica — e sobre o legado da banda: ainda que os anos tenham passado, ele afirmou que guarda “saudade” dos tempos de união criativa.
McCartney também aproveitou para destacar que muitos dos fãs e público em geral ainda acreditam em versões distorcidas sobre a separação dos Beatles. Ele disse que, por conta disso, continua respondendo perguntas que se repetem “há décadas”.
A entrevista marca mais um momento em que McCartney busca colocar sua versão dos fatos em destaque, revisitando um dos episódios mais analisados da história do rock.

