Esporte

Casagrande diz que Corinthians não tem elenco para encarar a Libertadores e liga alerta no clube

A análise direta e sem rodeios de Walter Casagrande voltou a gerar debate no mundo do futebol. Ao comentar sobre o momento atual do Corinthians, o ex-jogador afirmou que o clube, do jeito que está hoje, não tem time para disputar a Libertadores de forma competitiva. A declaração não foi apenas uma crítica técnica: ela toca em pontos estruturais que envolvem elenco, projeto esportivo e a forma como o time vem sendo montado.

Um elenco desequilibrado e cheio de incógnitas

Casagrande destacou que o Corinthians até conseguiu retomar certa estabilidade dentro de campo, mas isso não significa que o time esteja pronto para enfrentar torneios de exigência alta. Segundo ele, o elenco atual:

  • É curto, com poucas opções confiáveis em determinados setores.
  • Depende demais de momentos individuais e de lampejos técnicos.
  • Tem jogadores que ainda estão em adaptação, seja física, tática ou emocional.
  • Sofre com falta de identidade clara de jogo, alternando atuações seguras com partidas apáticas.

A crítica central é que não basta ter bons momentos: para Libertadores, é preciso constância, força emocional e elenco capaz de responder em ambientes hostis.

A diferença entre jogar o Brasileiro e jogar a Libertadores

Casagrande enfatizou que o clima da Libertadores é outro. Não basta organizar a defesa ou achar um gol. É preciso:

  • Intensidade alta durante os 90 minutos.
  • Meio-campo capaz de controlar ritmo e temperatura emocional.
  • Atacantes que decidam com frieza em jogos pesados.
  • Grupo preparado para jogar sob pressão, às vezes fora do país, diante de estádios fervendo.

O Corinthians, segundo ele, ainda parece um time que está descobrindo quem é. E em Libertadores, descobrir isso tarde demais costuma custar caro.

Projeto de futebol ainda nebuloso

A crítica não se limitou aos atletas. Casagrande lembrou que o clube vive um período de reconstrução, com mudanças na diretoria, ajustes financeiros e reformulação no elenco. Mas, ao mesmo tempo, não existe clareza pública sobre um projeto de médio e longo prazo.

Sem planejamento bem definido, as contratações ficam reativas — feitas para “apagar incêndio” e não para construir identidade.

Torcida sente, exige e pressiona

A Fiel não é torcida de celebrar vaga — ela cobra conquistas. A possibilidade de disputar a Libertadores sempre mexe com o emocional da arquibancada, mas a frustração pode ser ainda maior se o time entrar na competição sem estar preparado.

E Casagrande chamou atenção justamente para isso: a expectativa pode virar frustração se a estrutura não acompanhar.

Conclusão: o alerta é agora, não depois

Casagrande não disse que o Corinthians não pode disputar a Libertadores. Ele disse que, da forma como está, o time vai entrar para sofrer. E entrar para sofrer, historicamente, termina mal.

Se o clube pretende competir de verdade, não só participar, terá que:

  • Reforçar posições-chave.
  • Ajustar seu modelo de jogo.
  • Trabalhar confiança e estabilidade emocional.
  • Definir um projeto claro — e segui-lo.

A temporada pode virar grande ou apenas turbulenta. A diferença estará nas decisões tomadas agora.

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