Esporte

Uefa prepara mudança de patrocinador na Champions e abre espaço para gigante ligada à Ambev

A Champions League deve passar por uma mudança significativa fora das quatro linhas. A Uefa decidiu substituir a tradicional parceria com a Heineken e abrir espaço para uma empresa ligada ao grupo que controla a Ambev, marcando uma nova fase comercial no principal torneio de clubes do futebol europeu. A transição envolve estratégia de posicionamento global, disputa por mercado e a consolidação de marcas que buscam associação direta com o esporte.

A Heineken esteve presente no torneio por muitos anos, sendo uma das marcas mais associadas à competição em transmissões, ações de marketing e ativações nos estádios. Sua presença ajudou a reforçar o estilo internacional e festivo da Champions, fazendo parte da estética visual e emocional do campeonato. A troca, portanto, não é apenas de logotipo: altera o imaginário de um dos torneios mais acompanhados do mundo.

Por que a mudança acontece agora

O movimento ocorre em um momento em que grandes competições esportivas avaliam seus acordos sob um novo olhar: o da expansão de público global e da multiplicação de mercados emergentes. A Uefa enxerga potencial de crescimento em regiões onde as marcas do grupo dono da Ambev têm forte presença — América Latina, Ásia e parte da África.

Por outro lado, a empresa que assume o espaço busca reforçar sua imagem em cenários internacionais mais tradicionais, especialmente na Europa, onde a Champions League é uma das maiores vitrines de marketing esportivo existentes.

Essa combinação forma um cenário em que ambas as partes veem a mudança como estratégica.

O que muda na prática para o torcedor

A substituição deve ser percebida em vários pontos:

  • Nova marca exibida nos painéis dos estádios.
  • Troca nas campanhas publicitárias durante transmissões.
  • Alteração nos materiais oficiais da Champions (desde copos em arenas até banners digitais).
  • Patrocínios associados a fan fest, eventos pré-jogo e experiências para torcedores.

Para quem acompanha a competição, a presença visual será evidente já na próxima edição.

Envolvimento no Brasil

Como a Ambev é referência consolidada no mercado brasileiro, a mudança também abre espaço para campanhas nacionais voltadas ao torcedor. Isso pode significar:

  • Promoções para assistir a jogos da Champions na Europa.
  • Eventos públicos em capitais com telões e ativações.
  • Criação de produtos temáticos para colecionadores.

Além disso, o mercado brasileiro de futebol e bebidas é um dos mais competitivos e emocionalmente ligados ao esporte, o que torna o país prioridade nessa transição comercial.

Disputa no setor de bebidas e branding esportivo

A troca de patrocinadores também reflete uma briga maior no mundo das marcas globais de bebidas. Estampar a Champions é estar presente em um palco onde o futebol se transforma em entretenimento internacional, atraindo consumidores de realidades muito diferentes.

Participar desse cenário significa:

  • Maior reconhecimento mundial.
  • Associação emocional com emoções de vitória e espetáculo.
  • Capacidade de criar campanhas anuais de grande alcance.

É uma disputa que ultrapassa o mercado de cerveja e se estende para identidade cultural.

Uma nova fase da Champions fora de campo

A mudança de patrocinador não altera regras, equipes ou formato da competição, mas influencia o ambiente que cerca o torneio. A Champions é um produto global de impacto cultural, e cada detalhe participa da construção de sua narrativa.

A retirada da Heineken marca o fim de uma era reconhecida pelos torcedores. A entrada da nova patrocinadora marca o início de outra, com estratégias renovadas e foco em novos públicos.

Dentro do campo, o futebol segue. Fora dele, a vitrine muda — e isso define muito do que veremos nas próximas temporadas.

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