Wagner Moura defende preservação da memória brasileira em torno de “O Agente Secreto”

O ator Wagner Moura, protagonista do filme O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, destacou em entrevista coletiva que o longa vai muito além de entretenimento — para ele, trata‑se de uma obra com missão histórica. Segundo ele: “A memória é algo fundamental… todos nós temos a obrigação de preservar a nossa memória”.

O que ele falou

Moura lembrou que o Brasil convive com feridas e lacunas em sua trajetória, citando a Lei da Anistia de 1979 como exemplo de um instrumento que “apagou” parte da memória nacional. Ele afirmou que sem essa memória talvez o presente fosse outro.
Ele reforça que o cinema, assim como o jornalismo, a universidade e a sociedade, tem papel essencial para que o país cresça entendendo de onde veio — “que se enxergue”.

Por que esse posicionamento importa

• O filme O Agente Secreto está ambientado nos anos 1970, durante o regime militar, e investiga temas como vigilância, repressão e esquecimento — direta e indiretamente relacionados à memória coletiva.
• Ao falar sobre memória, Moura faz referência não apenas à história dos personagens do filme, mas ao que considera uma falha no processo de construção de identidade nacional: “um país precisa se ver” na sua cultura.
• Em tempos em que produções brasileiras têm alcançado maior visibilidade internacional, a ênfase de Moura coloca o cinema nacional também como agente de reflexão interna — e não apenas exportação de imagem.

Expectativas com o filme

Moura e a produção visam alcançar não só prêmios — o filme representa o Brasil no Oscar 2026 —, mas sobretudo impactar o público brasileiro, inclusive os jovens, através de uma narrativa que provoca questionamento.

Em resumo

Wagner Moura afirma que O Agente Secreto não é apenas mais um filme sobre o passado, mas uma construção ativa para preservar a memória — individual e coletiva — do Brasil, reconhecendo‑a como fundamento para o desenvolvimento nacional.