Economia

Bolsa atinge novo recorde após encontro entre Lula e Trump, e dólar tem queda para R$ 5,37

O mercado financeiro brasileiro reagiu de forma positiva ao encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado nesta semana em Nova York. O diálogo entre os dois líderes, que tratou de temas econômicos e comerciais, foi interpretado pelos investidores como um sinal de estabilidade e de possível aproximação entre os dois países — o que impulsionou o Ibovespa a renovar seu recorde histórico.

Bolsa em alta e otimismo do mercado

O principal índice da B3 fechou o pregão desta segunda-feira em alta de 1,9%, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 134 mil pontos. O avanço foi puxado por ações ligadas a exportação e infraestrutura, setores diretamente impactados por expectativas de cooperação econômica entre Brasil e Estados Unidos. Empresas dos ramos de energia, siderurgia e tecnologia também apresentaram desempenho acima da média.

Analistas apontam que o tom conciliador da conversa entre Lula e Trump trouxe alívio a investidores que vinham demonstrando cautela com o cenário político. A sinalização de que ambos os líderes estariam abertos a negociações comerciais e investimentos bilaterais elevou o apetite por risco e atraiu fluxos estrangeiros para o mercado brasileiro.

Dólar em queda e ambiente mais favorável

O dólar comercial acompanhou o otimismo e recuou 0,6%, encerrando o dia cotado a R$ 5,37. Foi a terceira queda consecutiva da moeda norte-americana, refletindo a melhora do humor global e a entrada de capital estrangeiro. A busca por ativos brasileiros, considerados subvalorizados, ganhou força com o aumento da confiança no ambiente econômico.

Especialistas em câmbio avaliam que o movimento também foi favorecido por fatores externos, como a expectativa de manutenção dos juros nos Estados Unidos e a recuperação das commodities, que ampliam o superávit comercial do Brasil.

Repercussão política e sinais para o futuro

O encontro entre Lula e Trump, intermediado por assessores diplomáticos e econômicos, teria sido marcado por um tom pragmático. Segundo interlocutores próximos ao Planalto, o presidente brasileiro buscou reforçar a imagem de equilíbrio e maturidade nas relações internacionais, enquanto Trump sinalizou interesse em manter diálogo aberto sobre investimentos em infraestrutura, energia e agronegócio.

Apesar das divergências ideológicas evidentes, a reunião foi vista como um gesto simbólico de cooperação. O fato de ambos evitarem temas polêmicos e focarem em pautas econômicas foi recebido com bons olhos pelo setor produtivo e pelo mercado financeiro, que aposta em maior previsibilidade.

Perspectivas para os próximos meses

Economistas acreditam que, se o clima de estabilidade se mantiver, o Ibovespa pode continuar em trajetória ascendente até o fim do ano. Há expectativa de novas altas moderadas, sustentadas por fluxo estrangeiro e dados positivos de atividade interna.

No câmbio, a tendência é de acomodação. Embora o dólar possa voltar a oscilar, analistas avaliam que a cotação deve permanecer entre R$ 5,30 e R$ 5,45, caso não haja surpresas no cenário externo ou fiscal.

O encontro entre Lula e Trump, mesmo informal, acabou servindo como catalisador de confiança — e mostrou que, em tempos de incerteza global, gestos diplomáticos e diálogo político ainda são capazes de mexer fortemente com os rumos da economia.

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