Escritora sul-coreana Baek Se-hee falece aos 35 anos; legado sobre saúde mental permanece
A escritora sul-coreana Baek Se-hee, autora do best-seller Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki, faleceu na última quinta-feira (16) aos 35 anos, em um hospital de Goyang, na Coreia do Sul. A causa de sua morte não foi divulgada, mas a Agência Coreana de Doação de Órgãos informou que ela doou seus órgãos — coração, pulmões, fígado e rins — beneficiando cinco pessoas.
Baek Se-hee ganhou reconhecimento internacional com seu livro de estreia, publicado em 2018. A obra narra sua jornada de 12 semanas de terapia para tratar a distimia, uma forma crônica de depressão leve, por meio de diálogos com seu psiquiatra. O livro, que mistura humor e vulnerabilidade, tornou-se um fenômeno editorial, vendendo mais de 1 milhão de cópias em mais de 25 países.
Em 2019, Baek lançou uma sequência, Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki, que também alcançou sucesso de vendas. Sua escrita sincera e acessível ajudou a desestigmatizar a saúde mental na sociedade sul-coreana e inspirou leitores ao redor do mundo.
Além de sua carreira literária, Baek trabalhou por cinco anos em uma editora e estudou escrita criativa. Sua morte precoce é considerada uma grande perda para a literatura e para o movimento de conscientização sobre saúde mental.
No Brasil, o livro foi publicado pela editora Universo dos Livros e recebeu elogios de figuras públicas. O título tornou-se um símbolo de coragem e empatia, especialmente entre jovens que enfrentam desafios emocionais.
Baek Se-hee deixa um legado de honestidade, empatia e esperança, e sua obra continuará a tocar e inspirar leitores globalmente.