Com vantagem expressiva em novas projeções, Eduardo Paes desponta como favorito nas disputas pelo governo do Rio em 2026, aponta pesquisa Real Time Big Data
A mais recente pesquisa divulgada pelo instituto Real Time Big Data revelou um cenário de ampla vantagem para o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, nas projeções eleitorais para o governo do estado em 2026. Os números mostram que Paes, filiado ao PSD, aparece na dianteira em todos os cenários testados, consolidando-se como o principal nome da base governista fluminense e potencial favorito na disputa sucessória.
Segundo os levantamentos, o prefeito lidera com folga em relação aos adversários, superando inclusive candidatos de partidos que tradicionalmente dominam o debate político no estado, como PL, PT e União Brasil. A pesquisa reforça a percepção de que Paes, após consolidar sua administração na capital e manter índices de aprovação elevados, se posiciona como um nome de consenso entre diferentes alas políticas do centro e da esquerda moderada.
Fontes próximas ao grupo político do prefeito afirmam que a possibilidade de candidatura tem sido tratada com cautela. Apesar de ainda não ter anunciado oficialmente sua intenção de concorrer, Paes tem mantido diálogo constante com aliados e avaliado cenários, especialmente diante da necessidade de concluir projetos estratégicos no município antes de tomar qualquer decisão definitiva.
De acordo com o levantamento, que testou diferentes simulações de primeiro turno, Eduardo Paes ultrapassa os 30% das intenções de voto em quase todos os cenários. Entre os possíveis adversários estão o governador Cláudio Castro (PL), que ainda não confirmou se tentará a reeleição, e o deputado federal Marcelo Freixo (PT), que também surge entre os nomes avaliados. Em alguns cenários, Paes supera Castro com mais de dez pontos percentuais de vantagem.
Analistas políticos avaliam que o bom desempenho do prefeito se deve à combinação de fatores administrativos e de imagem pública. Desde o início de seu terceiro mandato, Paes tem apostado em uma agenda de obras urbanas, reestruturação da saúde pública e investimentos em mobilidade. Além disso, mantém um estilo político pragmático, evitando confrontos ideológicos e buscando aproximação tanto com o governo federal quanto com lideranças estaduais.
Outro ponto destacado por especialistas é a capacidade de articulação do prefeito, que tem sido vista como peça-chave para ampliar sua base eleitoral. A interlocução constante com prefeitos do interior fluminense e a reaproximação com antigos aliados fortalecem a percepção de que Paes pode montar uma coligação ampla, capaz de enfrentar com vantagem a polarização política que marcou as últimas eleições no estado.
Apesar do favoritismo, a pesquisa também evidencia desafios. O cenário político do Rio de Janeiro permanece instável, marcado por altos índices de abstenção, desconfiança com a classe política e forte influência de pautas ligadas à segurança pública. Candidatos com discursos mais duros nessa área, especialmente ligados à direita, podem conquistar espaço significativo à medida que a campanha se aproxime.
O levantamento do Real Time Big Data ainda mostrou que a aprovação de Eduardo Paes na capital fluminense ultrapassa 60%, índice considerado expressivo em um contexto de crise fiscal e complexidade urbana. O prefeito tem utilizado esse capital político para reforçar sua imagem de gestor eficiente, destacando obras de revitalização e parcerias público-privadas em setores estratégicos.
Nos bastidores, lideranças do PSD já discutem a melhor estratégia para viabilizar a candidatura, levando em conta que o partido pretende ampliar sua presença nacional nas eleições de 2026. A eventual saída de Paes da prefeitura, no entanto, exigiria um arranjo político cuidadoso para garantir a continuidade de sua gestão na capital, o que vem sendo considerado um fator central nas conversas.
A pesquisa também teve impacto nas movimentações da oposição. O governador Cláudio Castro, que mantém relação institucional com Paes, foi alertado por aliados sobre a necessidade de reforçar sua presença nas regiões metropolitanas, onde o prefeito possui maior popularidade. Já partidos de esquerda buscam definir se irão apoiar um nome único ou lançar candidaturas próprias, em uma tentativa de fragmentar menos o eleitorado.
Para analistas fluminenses, a liderança de Eduardo Paes nas intenções de voto reflete não apenas sua trajetória política, mas também o desejo de parte do eleitorado por estabilidade administrativa após anos de turbulência na gestão estadual. Sua figura, associada à eficiência e ao diálogo, surge como contraponto à radicalização que marcou o debate público recente no Rio.
Ainda que o cenário possa mudar até o início oficial das campanhas, o levantamento da Real Time Big Data posiciona Paes em vantagem significativa. O resultado fortalece seu nome nacionalmente, ao mesmo tempo em que o coloca no centro das discussões políticas sobre o futuro do estado.
A depender dos desdobramentos até 2026, Eduardo Paes poderá entrar na corrida pelo governo do Rio como favorito natural, com o desafio de transformar popularidade em votos e consolidar um projeto político capaz de unificar o eleitorado fluminense em torno da estabilidade e da recuperação econômica do estado.