Cruzeiro perde força e mostra limites para disputar título com Flamengo e Palmeiras
O Cruzeiro até conseguiu manter um início promissor no Brasileirão, ocupando posições na parte de cima da tabela e animando sua torcida com a possibilidade de voltar a brigar por algo grande no cenário nacional. No entanto, as últimas rodadas escancararam uma realidade difícil de contestar: o time não tem fôlego suficiente para competir de igual para igual com potências como Flamengo e Palmeiras, que se consolidaram como protagonistas da temporada.
O contraste com os líderes
Enquanto o Cruzeiro mostra altos e baixos, sofrendo para manter intensidade em jogos consecutivos, Flamengo e Palmeiras apresentam elencos robustos, revezam peças sem queda de rendimento e contam com jogadores decisivos em quase todas as posições. O Rubro-Negro segue embalado pelo poder ofensivo de suas estrelas, enquanto o Verdão demonstra solidez defensiva e a já conhecida disciplina tática de Abel Ferreira.
O contraste é claro: os líderes conseguem impor domínio mesmo em dias menos inspirados, algo que o Cruzeiro ainda não alcançou.
Problemas estruturais
Além da falta de peças de reposição, o Cruzeiro lida com a dificuldade de transformar volume de jogo em resultados práticos. Contra adversários diretos, o time até consegue equilibrar em parte a partida, mas a consistência ao longo do campeonato é inexistente. Lesões, queda de rendimento de alguns titulares e limitações no banco de reservas têm minado as ambições do clube mineiro.
O peso da camisa não basta
É inegável que a torcida cruzeirense voltou a empurrar o time como há muito não se via. O Mineirão voltou a ser palco de grandes públicos e a vibração tem feito diferença em vários momentos. No entanto, só a força da arquibancada não é suficiente para sustentar uma campanha de título em um campeonato longo, de pontos corridos, em que regularidade é o principal diferencial.
O que resta ao Cruzeiro
Se a briga pelo título parece cada vez mais distante, o Cruzeiro precisa ajustar as expectativas. Garantir uma vaga direta na Libertadores seria um feito de respeito e já marcaria a temporada como positiva diante do cenário de reconstrução do clube. Para isso, no entanto, será necessário recuperar a confiança rapidamente e evitar novos tropeços contra equipes da parte de baixo da tabela, onde perdeu pontos preciosos.
