Dólar cai, e Bolsa sobe com inflação dos EUA reforçando cortes de juros
O mercado financeiro brasileiro encerrou o pregão desta quinta-feira (26) em forte movimento de otimismo, embalado pelos números mais recentes da inflação nos Estados Unidos. O dado, mais baixo do que o previsto, reforçou a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda neste ano, criando um cenário de maior apetite ao risco nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
A força do dado americano
O relatório de inflação dos EUA trouxe alívio aos investidores globais ao indicar desaceleração consistente de preços. Esse movimento reforçou a leitura de que o Fed pode, em breve, iniciar um ciclo de redução de juros — medida aguardada por meses pelo mercado. Juros mais baixos nos EUA costumam enfraquecer o dólar frente a moedas emergentes, ao mesmo tempo em que favorecem a entrada de capitais em bolsas de países em desenvolvimento.
Reflexo imediato no câmbio e na Bolsa
No Brasil, o reflexo foi imediato. O dólar recuou de forma significativa frente ao real, encerrando o dia em baixa firme, enquanto o Ibovespa avançou apoiado por setores diretamente beneficiados pela queda da moeda americana, como exportadoras, além do setor bancário, que reagiu à perspectiva de melhora no fluxo de capitais.
A queda da moeda americana também reduziu pressões inflacionárias internas, o que amplia as apostas de que o Banco Central do Brasil poderá manter sua trajetória de flexibilização da Selic em ritmo mais confortável, ainda que com cautela.