Defesa de Sean Combs pede que rapper cumpra apenas 14 meses de prisão
O rapper e produtor musical Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, aguarda o momento mais decisivo de sua vida: a definição da pena após ter sido condenado em Nova York por duas acusações federais ligadas ao transporte para prostituição. Seus advogados apresentaram ao tribunal um pedido para que a punição não ultrapasse 14 meses de prisão — período que, segundo eles, já estaria praticamente cumprido, já que o artista está preso desde setembro de 2024.
O julgamento que levou à condenação ocorreu em julho de 2025 e atraiu enorme atenção midiática. No tribunal, Combs enfrentava não apenas as acusações formais, mas também o peso de uma série de denúncias públicas sobre abuso, coerção e exploração. O júri, no entanto, absolveu-o das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração criminosa, que poderiam levá-lo a décadas de prisão. Mesmo assim, a condenação por crimes ligados à prostituição marcou um ponto de ruptura na trajetória de um dos nomes mais influentes do hip-hop americano.
A defesa argumenta que Diddy já vem pagando um alto preço. Além do tempo atrás das grades, sua vida pessoal e profissional sofreu um colapso: contratos foram cancelados, negócios desfeitos, a gravadora Bad Boy Records perdeu fôlego, e sua imagem pública foi arranhada de forma provavelmente irreversível. Advogados destacam ainda que ele teria se dedicado à reabilitação durante o período de prisão, buscando tratamento para abuso de substâncias e acompanhamento psicológico.
Enquanto os representantes do rapper pedem clemência, os promotores defendem uma pena mais dura, entre quatro e cinco anos de prisão, apoiados em relatos de vítimas que descreveram situações de coerção e violência. Para eles, uma condenação branda não refletiria a gravidade das condutas e poderia passar a mensagem de impunidade para alguém com grande poder econômico e influência.
A sentença está marcada para o dia 3 de outubro de 2025, e caberá ao juiz Arun Subramanian decidir qual lado terá mais peso: o argumento da defesa, que aposta no tempo já cumprido e na tentativa de reconstrução pessoal do artista, ou a pressão da acusação, que insiste em uma punição exemplar.
Combs, que já foi sinônimo de luxo, festas milionárias e status de magnata da música, agora vive a expectativa de ouvir a palavra final da Justiça. Para os fãs e para a indústria do entretenimento, o caso é um retrato duro de como escândalos criminais podem redesenhar em pouco tempo a trajetória de um ícone cultural.