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Cantora baiana Rachel Reis mistura influências e destaca raízes musicais em carreira premiada

Rachel Reis, natural de Feira de Santana (BA) e com 28 anos, desponta como um dos grandes nomes emergentes no cenário nacional da música. Sua carreira tem se caracterizado por mistura de estilos, autenticidade e uma forte conexão com suas origens, tanto geográficas quanto familiares.


Origens e formação

Rachel cresceu em um ambiente musical: sua mãe, Maura Reis, atuava como cantora de seresta, e sua irmã, Sarah Reis, também segue carreira no universo musical. Desde criança, ela esteve exposta a rodas de canto, barzinhos e pequenas apresentações em eventos da cidade. Essa base familiar foi fundamental para que ela percebesse seu lugar na música autoral.

Além disso, antes da carreira artística decolar, Rachel conciliou diferentes ocupações — trabalhou como recepcionista em posto de saúde, atendente de telemarketing, em brechós e em outros ofícios — enquanto construía sua identidade artística. Isso reflete a busca por autonomia e sua convicção de que um caminho autoral valia o esforço.


O som, os estilos e o álbum de estreia

Sua música combina uma ampla diversidade de gêneros: MPB, axé, pop, reggae, arrocha, pagodão baiano, afrobeat e batidas eletrônicas. Essa mescla sonora permite que sua obra seja ouvida em múltiplos contextos, trazendo ao mesmo tempo brasilidade e contemporaneidade.

Seu álbum de estreia, Meu Esquema (lançado em 2022), foi indicado ao Grammy Latino 2023, na categoria “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa”. A indicação representou um reconhecimento significativo para uma carreira que até então vinha crescendo de modo orgânico.

Desde então, ela se envolveu em premiações como Artista Revelação no Prêmio Multishow, ganhou reconhecimento pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e viu diversas de suas músicas serem incorporadas a trilhas sonoras de novelas e séries, como “Maresia” e “Bateu”.


Atual momento: o novo álbum

Atualmente, Rachel Reis está finalizando sua turnê Divina Tour, baseada em seu segundo álbum, Divina Casca. Esse novo trabalho reflete amadurecimento artístico — há mais camadas de produção, colaborações com outros artistas, mais arranjos e uma exploração maior do seu canto autoral.

Ela já expressou em entrevistas que busca manter uma identidade coesa em sua música, sem remodelações forçadas, valorizando a melodia, a autenticidade e as histórias da Bahia, bem como seu papel de mulher negra, nordestina, representando vozes que tradicionalmente tiveram menos espaço.

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