São Paulo registra receita histórica com negociações de atletas formados na base
O São Paulo Futebol Clube teve um ano recorde em 2025 com a venda de jogadores formados nas categorias de base, arrecadando mais de R$ 230 milhões apenas com sete transferências internacionais. A geração de Cotia se consolida como uma das mais lucrativas da história recente do clube.
Entre os destaques estão Lucas Ferreira, atacante vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por aproximadamente R$ 63,6 milhões, com possibilidade de acréscimo de R$ 12,7 milhões em bônus. Henrique Carmo, meio-campista, foi transferido para o CSKA Moscou, da Rússia, por cerca de R$ 38,2 milhões, com potencial de até R$ 6,3 milhões adicionais por metas esportivas.
Outros negócios relevantes incluem Matheus Alves, negociado com o Porto, de Portugal, por R$ 39 milhões, e William Gomes, zagueiro também vendido ao Porto, por R$ 61,4 milhões. Além dessas transferências, o clube recebeu receitas adicionais de mecanismos da FIFA, como a “solidarity contribution”, que recompensam clubes formadores quando atletas são transferidos internacionalmente. Com isso, o total acumulado pelo São Paulo em 2025 ultrapassa R$ 274 milhões.
Apesar dos números expressivos, a gestão das vendas gerou críticas de especialistas. Alguns apontam que determinados atletas foram negociados por valores abaixo do potencial de mercado, e há preocupações sobre a estratégia de vender porcentagens dos direitos econômicos da base, o que poderia comprometer receitas futuras do clube.
As negociações mostram a força da base do São Paulo no mercado internacional e reforçam a importância da formação de jogadores de alto nível em Cotia, consolidando o clube não apenas como uma potência nacional, mas também como referência na exportação de talentos para o futebol europeu.