STJ mantém processo de Bruno Henrique na Justiça do DF; defesa recorre de decisão
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por meio do ministro Joel Ilan Paciornik, que o processo contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta fraude em apostas esportivas continuará tramitando na Justiça do Distrito Federal. O jogador havia solicitado que o caso fosse transferido para a Justiça Federal, alegando incompetência da Justiça local para julgar o caso.
No entanto, o ministro entendeu que não havia argumentos suficientes para atender ao pedido, considerando que a defesa estava utilizando o habeas corpus de forma indevida para discutir a competência do julgamento.
A acusação alega que, durante uma partida entre Flamengo e Santos no Campeonato Brasileiro de 2023, Bruno Henrique teria agido de forma deliberada para receber um cartão amarelo, com o intuito de beneficiar apostadores, incluindo seu irmão. Mensagens trocadas entre o jogador e seu irmão indicariam que ele havia prometido receber o cartão amarelo antes do jogo.
Além disso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já havia condenado Bruno Henrique à pena mínima de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil por manipulação esportiva, relacionada ao mesmo episódio. A defesa do jogador recorreu da decisão, argumentando que não houve manipulação do resultado da partida e que a denúncia foi apresentada fora do prazo prescricional.
Com a decisão do STJ, o processo segue na Justiça do Distrito Federal, onde Bruno Henrique responde por fraude esportiva. A defesa do jogador ainda pode recorrer da decisão, mas, por enquanto, o caso permanece sob a jurisdição da Justiça local.