Economia

Ouro dispara para novos recordes e deve seguir em alta com Trump, Gaza e Ucrânia

1. Ouro em trajetória histórica

O ouro atingiu níveis inéditos e segue em franca valorização, com a cotação se aproximando da marca de US$ 3.600 por onça, estabelecendo novos recordes no mercado internacional. Essa disparada reflete o acúmulo de fatores políticos e econômicos globais, que têm aumentado a procura pelo metal precioso como porto seguro para investidores em busca de estabilidade.

No acumulado de 2025, a valorização já ultrapassa os 30%, consolidando o ouro como um dos ativos de maior desempenho nos últimos anos.

2. As razões da alta

Geopolítica em ebulição

Conflitos prolongados, como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio, especialmente em Gaza, mantêm os mercados em alerta. Esse cenário de instabilidade reforça a atratividade do ouro como refúgio em tempos de incerteza.

O fator Trump

A volta de Donald Trump ao centro das atenções políticas nos Estados Unidos, com críticas à autonomia do Federal Reserve e propostas de tarifas adicionais, tem gerado receio sobre os rumos da economia americana. Isso impulsiona ainda mais a busca pelo ouro, visto como proteção contra políticas econômicas imprevisíveis.

Aposta dos bancos centrais

Diversos bancos centrais vêm ampliando suas reservas em ouro, fortalecendo a demanda global pelo metal. A decisão de governos de reduzir a exposição ao dólar, diversificando ativos, tem garantido uma sustentação sólida para os preços.

Expectativas de juros menores

A perspectiva de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos reduz o apelo de investimentos em títulos de renda fixa, favorecendo o ouro. Com juros menores, investidores tendem a migrar para ativos que preservam valor em períodos de instabilidade.

3. Projeções para o futuro

Especialistas do setor não descartam que o ouro atinja a marca de US$ 4.000 por onça ainda em 2025, caso os conflitos se intensifiquem e a política americana siga pressionando instituições financeiras. Há até quem projete valores próximos de US$ 5.000, dependendo do desenrolar das tensões internacionais e das decisões do Federal Reserve.

4. Impacto no Brasil

No mercado brasileiro, a valorização internacional é potencializada pela oscilação do câmbio. A cotação doméstica gira em torno de R$ 19.400 por onça, o que representa cerca de R$ 625 por grama. Esse avanço se reflete tanto nos investimentos em ouro físico quanto em fundos e ativos atrelados ao metal.

5. Conclusão

O ouro se reafirma como ativo de proteção em um mundo instável. Entre guerras prolongadas, disputas comerciais e incertezas políticas, o metal precioso mantém seu status de refúgio confiável, e a expectativa é que continue sendo protagonista nos mercados globais ao longo dos próximos meses.

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