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Dia do Orgulho Lésbico: Relembre casais que marcaram a TV brasileira

O Dia do Orgulho Lésbico, comemorado em 29 de agosto, é uma data significativa para a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ e também para a visibilidade de questões de gênero e sexualidade. No Brasil, a televisão sempre teve um papel central na formação de opiniões e na quebra de tabus, e ao longo dos anos, vimos a evolução de representações de casais lésbicos que marcaram a história da TV nacional. De personagens fortes a enredos revolucionários, esses casais ajudaram a dar visibilidade à comunidade, promovendo discussões sobre respeito e igualdade.

Em comemoração ao Dia do Orgulho Lésbico, vamos relembrar alguns casais lésbicos que se destacaram na telinha e abriram caminho para uma representatividade mais inclusiva.

1. Clara e Marina – Amor à Vida (2013)
Um dos primeiros casais lésbicos a protagonizar uma novela global, Clara (Mariana Ximenes) e Marina (Tainá Müller) conquistaram os telespectadores com uma história de amor sensível e verdadeira. Na trama de Amor à Vida, escrita por Walcyr Carrasco, as duas mulheres enfrentam desafios familiares, preconceito e os dilemas de um amor que, inicialmente, era visto com resistência pela sociedade. A novela se tornou um marco na televisão brasileira por tratar de forma realista e afetuosa a homossexualidade feminina, ganhando o apoio de muitos telespectadores.

2. Isabela e Rafaela – Beleza Pura (2008)
Antes de Clara e Marina, Beleza Pura, escrita por Andréa Maltarolli, já havia trazido um dos primeiros casais lésbicos da TV Globo. Isabela (Aline Moraes) e Rafaela (Késia Estácio) protagonizaram uma história de amor que não só foi inovadora para a época, mas também abriu caminho para outras tramas que tratariam da temática LGBTQIA+. A relação entre as duas foi marcada por muito drama, mas também por momentos de empatia e afeto, oferecendo aos telespectadores uma visão mais realista e positiva da relação entre duas mulheres.

3. Bianca e Natália – Malhação (2004-2005)
Um dos primeiros casais lésbicos da TV brasileira voltado para o público jovem, Bianca (Renata Castro) e Natália (Elisa Volpatto), de Malhação, se tornaram um símbolo de representatividade para a adolescência LGBTQIA+. Na trama, a relação delas se desenrola com naturalidade, abordando o processo de aceitação da sexualidade, o medo de enfrentar o preconceito e a luta pelo respeito. Apesar de enfrentarem resistência por parte de outros personagens e do próprio público, a história de Bianca e Natália marcou uma geração de telespectadores que se viu representada pela primeira vez em uma novela das 6.

4. Cássia e Laura – A Força do Querer (2017)
“A Força do Querer”, de Glória Perez, foi um divisor de águas na televisão brasileira quando se tratou de trazer a diversidade sexual para um horário nobre. O casal lésbico formado por Cássia (Vivi Torres) e Laura (Jaqueline Mureb) conquistou o público com uma história intensa e emocionante. As personagens mostraram que o amor entre duas mulheres não precisa ser estigmatizado e que o respeito à escolha do outro deve ser o princípio de qualquer relação. A novela ajudou a desmistificar a homossexualidade e mostrou a força das mulheres em um contexto de superação.

5. Sueli e Lúcia – O Canto da Sereia (2013)
A minissérie O Canto da Sereia, baseada na obra de Nelson Motta, apresentou ao público um casal lésbico mais maduro e forte: Sueli (Maria Luísa Mendonça) e Lúcia (Célia Helena). A relação entre elas, que acontece em meio a um cenário de mistério e drama policial, desafiou os estereótipos ao mostrar que o amor entre mulheres pode ser tão complexo e multifacetado quanto qualquer outro relacionamento.

6. Luiza e Stela – Totalmente Demais (2015-2016)
Outro exemplo marcante foi o romance de Luiza (Tatá Werneck) e Stela (Carol Castro) em Totalmente Demais. Embora não tenha sido o principal enredo da novela, o casal teve grande destaque e mostrou o crescimento da representação lésbica nas novelas, especialmente em tramas de maior audiência. A relação entre Luiza e Stela foi contada com leveza, sem grandes crises, o que permitiu que o público se acostumasse com a ideia de que o amor entre mulheres também pode ser natural, sem grandes dramalhões.

7. Maria e Vitória – Verdades Secretas 2 (2021)
Em Verdades Secretas 2, de Walcyr Carrasco, a relação entre Maria (Camila Queiroz) e Vitória (Gisele Itié) trouxe à tona uma temática mais sensual e complexa sobre o amor entre mulheres, dentro de uma narrativa que envolvia mistério e intriga. A história abordou a construção da confiança e do desejo, oferecendo uma visão mais diversificada e aberta sobre a sexualidade feminina.

8. Ariela e Shana – As Five (2020-2021)
Em As Five, série derivada de Malhação, Ariela (Laryssa Ayres) e Shana (Gabriela Medvedovski) formaram um dos casais lésbicos mais representativos da atualidade na TV brasileira. A relação delas foi construída com leveza e realismo, retratando a vida de um casal jovem e moderno, que enfrenta as questões da sexualidade e identidade de forma orgânica e sem tabus.


Esses casais não só marcaram a história da televisão, mas também ajudaram a avançar a visibilidade e os direitos da comunidade lésbica no Brasil. Cada um, à sua maneira, contribuiu para a construção de uma sociedade mais inclusiva, onde a diversidade sexual é celebrada e respeitada. O Dia do Orgulho Lésbico, portanto, é uma data de celebração e reflexão sobre as vitórias conquistadas, mas também sobre as lutas que ainda precisam ser travadas para garantir que todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, tenham seus direitos respeitados.

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