Corinthians monitora situação de jovens com multa baixa e teme novas perdas na base
A diretoria do Corinthians acendeu o sinal de alerta após identificar uma vulnerabilidade contratual envolvendo dois promissores jogadores das categorias de base. Ambos os atletas, que vêm se destacando em competições sub-17 e sub-20, possuem multas rescisórias consideradas baixas para os padrões do futebol internacional — o que pode facilitar investidas de clubes do exterior e resultar em mais perdas para o clube paulista.
O temor dentro do Parque São Jorge é de que, assim como já ocorreu em outras ocasiões recentes, o Corinthians acabe perdendo talentos antes mesmo de integrá-los de forma efetiva ao elenco profissional. A valorização precoce de jovens jogadores, aliada à visibilidade proporcionada por torneios de base, tem atraído olheiros de clubes europeus e árabes, que buscam oportunidades de aquisição com baixo risco e alto potencial de retorno.
A situação é agravada pela dificuldade de renegociar contratos em um ritmo compatível com a valorização dos atletas. Quando o clube forma um jogador e o insere no mercado, nem sempre consegue acompanhar a velocidade com que seu valor dispara — o que exige uma reavaliação constante das cláusulas contratuais, especialmente das multas rescisórias.
Internamente, a diretoria avalia estratégias para proteger seu patrimônio esportivo, entre elas a renovação contratual com reajuste das multas, além de um trabalho mais próximo às famílias e agentes dos jogadores. O clube também estuda mudanças estruturais em sua política de formação para evitar novos casos de saída precoce, como os que ocorreram nos últimos anos com nomes que hoje brilham fora do país.
O Corinthians tem historicamente uma base forte e reconhecida por revelar talentos que alcançam projeção internacional, como Marquinhos, Malcom, Willian e, mais recentemente, nomes como Murillo. A prioridade, agora, é impedir que jovens promessas deixem o clube antes mesmo de ganharem espaço entre os profissionais.