Diretor do Corinthians critica postura do Bahia e aponta brecha legal como imoral
Uma polêmica recente envolvendo o Corinthians e o Bahia ganhou força nos bastidores do futebol brasileiro após declarações contundentes de um dos diretores do clube paulista. Em entrevista, o dirigente criticou duramente a atitude do Bahia em uma negociação recente e afirmou que o clube adversário se aproveitou de uma brecha na legislação esportiva, classificando a manobra como “imoral”.
Embora não tenha citado detalhes específicos da operação, o episódio gira em torno da disputa por um jovem jogador da base que, segundo o Corinthians, teria sido aliciado enquanto ainda mantinha vínculo formativo com o clube. A alegação é de que o Bahia se valeu de um dispositivo legal que permite a contratação de atletas sem vínculo profissional, mesmo quando ainda estão vinculados a outro clube por contrato de formação — uma situação que, apesar de legalmente permitida, foi considerada antiética pelo dirigente corintiano.
A acusação reacende o debate sobre os limites entre o que é permitido por lei e o que é considerado justo no ambiente esportivo. O Corinthians entende que o movimento do Bahia enfraquece a relação de confiança entre os clubes e mina o esforço de quem investe no desenvolvimento de jogadores desde a base. “Não estamos falando de ilegalidade, mas de moralidade. É uma atitude que, no mínimo, desrespeita o espírito esportivo e a ética entre instituições que deveriam zelar pelo futebol brasileiro”, disse o diretor alvinegro.
O Bahia, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as críticas. Internamente, a justificativa seria o cumprimento rigoroso das normas vigentes, sem violar qualquer regra da CBF ou da FIFA. A situação levanta questionamentos sobre a necessidade de reformular regras de transferência envolvendo jogadores em formação, para evitar disputas judiciais e atritos entre clubes.
Nos bastidores, o caso pode repercutir também entre outros clubes que enfrentam dificuldades semelhantes. Para o Corinthians, a discussão vai além de um único episódio: trata-se de proteger o investimento em categorias de base e de garantir maior equilíbrio nas relações entre as equipes do futebol nacional.