Ministra do Meio Ambiente destaca atuação do governo para assegurar equilíbrio nos custos durante preparativos da COP30
Em meio aos preparativos para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, marcada para ocorrer em Belém, no Pará, em 2025, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo brasileiro tem atuado com firmeza para garantir que os custos relacionados ao evento internacional sejam justos e compatíveis com a realidade socioeconômica do país e da região amazônica.
A COP30 é considerada um dos eventos mais relevantes da agenda ambiental global dos próximos anos, e o fato de o Brasil sediá-la — especialmente na Amazônia, uma das regiões mais simbólicas e estratégicas nas discussões sobre o clima — reforça a necessidade de um planejamento meticuloso, que envolva tanto a logística quanto o acesso democrático à participação.
Segundo Marina, a atuação do governo federal tem se concentrado em criar condições para que os preços de hospedagem, alimentação, transporte e serviços em geral durante o evento não sejam inflacionados de maneira desproporcional. A preocupação é que o aumento especulativo de valores afaste delegações de países em desenvolvimento, organizações da sociedade civil e representantes de povos tradicionais, cuja presença é fundamental para a pluralidade do debate climático.
A ministra tem defendido publicamente a importância de que a COP30 seja acessível e inclusiva, tanto para os participantes internacionais quanto para a população local, que deve ser envolvida ativamente nas atividades e debates do evento. O governo, por meio de diversos ministérios, vem trabalhando em conjunto com a prefeitura de Belém, o governo do Pará e órgãos federais para estabelecer um modelo de organização pautado pela sustentabilidade, pela justiça econômica e pelo respeito à diversidade regional.
Entre as medidas em discussão estão a criação de estruturas de hospedagem temporária com preços controlados, acordos com redes hoteleiras e restaurantes, mecanismos de fiscalização de práticas abusivas e incentivo à economia solidária e comunitária. A proposta é que moradores da região possam se beneficiar economicamente da realização da conferência, sem que isso ocorra à custa da exclusão de outros participantes.
Além da questão dos preços, Marina também tem enfatizado que a COP30 será uma oportunidade histórica para reposicionar o Brasil como um protagonista nas negociações climáticas internacionais. O evento trará à tona temas como desmatamento, transição energética, financiamento climático, preservação da biodiversidade e justiça ambiental — pautas centrais para o governo federal e para o Ministério do Meio Ambiente.
A escolha de Belém como sede da conferência foi celebrada por ambientalistas e defensores da Amazônia como uma vitória simbólica e política. Ao levar a COP para o coração da floresta, o Brasil reforça seu compromisso com o protagonismo climático e com a valorização dos territórios mais sensíveis aos impactos das mudanças ambientais.
Marina Silva, uma das figuras mais respeitadas no debate ambiental global, tem se colocado como uma das principais articuladoras da preparação para o evento, mobilizando esforços para garantir que a COP30 seja não apenas bem-sucedida em termos de organização, mas também fiel aos princípios de responsabilidade ecológica, justiça social e inclusão internacional.
A expectativa é que o evento reúna dezenas de milhares de pessoas de todos os continentes, entre chefes de Estado, diplomatas, cientistas, ativistas, representantes de empresas e comunidades indígenas e tradicionais. Diante de um desafio logístico e político dessa magnitude, o governo brasileiro busca equilibrar a ambição do evento com a necessidade de assegurar condições viáveis de participação a todos os envolvidos.
O trabalho de contenção de preços e promoção de acessibilidade também será essencial para garantir a credibilidade do Brasil como anfitrião de um evento que, mais do que nunca, exigirá compromissos concretos para conter o avanço das mudanças climáticas e seus efeitos sobre os países mais vulneráveis.
Assim, a declaração de Marina Silva reforça a intenção do governo de realizar uma COP inclusiva, responsável e comprometida com os princípios que o evento representa. O esforço para assegurar preços justos não é apenas uma medida administrativa, mas parte de uma visão mais ampla sobre equidade no debate climático — onde todos, independentemente de sua origem ou condição econômica, devem ter espaço para contribuir com soluções para o futuro do planeta.