Orlando Bloom fala sobre os impactos mentais de dieta extrema durante preparação para filme
O ator britânico Orlando Bloom, conhecido por seus papéis em grandes franquias como O Senhor dos Anéis e Piratas do Caribe, revelou recentemente que enfrentou sérias consequências em sua saúde mental devido a uma dieta extremamente restritiva adotada para um papel no cinema. Segundo Bloom, a pressão para atingir o físico exigido pelo personagem acabou comprometendo não apenas seu corpo, mas também seu bem-estar emocional.
Em entrevista a um podcast internacional, o ator comentou que a preparação envolvia uma alimentação rigidamente controlada, com foco quase exclusivo em proteínas magras, cortes drásticos de carboidratos e longos períodos de jejum. “Era como viver em um ciclo de privação constante. Eu mal tinha energia para pensar direito, quanto mais para atuar”, desabafou.
Bloom explicou que, à medida que seguia a rotina imposta por treinadores e nutricionistas contratados pela produção, começou a perceber alterações no seu humor, níveis de ansiedade e capacidade de concentração. “Você entra numa bolha onde a única coisa que importa é a próxima refeição — ou a falta dela. Tudo começa a girar em torno disso”, disse o ator, destacando como a obsessão por resultados físicos acabou gerando uma desconexão com sua saúde mental.
A experiência, segundo ele, serviu como um alerta. “É claro que a transformação física faz parte do trabalho, mas existe um limite. A indústria do entretenimento ainda valoriza muito padrões irreais de aparência, e isso pode custar caro para os profissionais envolvidos”, refletiu Bloom.
Após o término das filmagens, o ator buscou acompanhamento terapêutico e reintroduziu gradualmente uma alimentação equilibrada, retomando hábitos que, segundo ele, havia abandonado por conta da rotina de filmagens. Atualmente, ele defende uma abordagem mais saudável e consciente no preparo para papéis exigentes, afirmando que nenhum papel vale o risco de comprometer a saúde mental.
A declaração de Orlando Bloom soma-se a um número crescente de artistas que têm vindo a público para discutir os efeitos colaterais das transformações físicas extremas exigidas pela indústria cinematográfica. Seu depoimento levanta novamente o debate sobre a necessidade de limites mais claros e práticas mais sustentáveis nos bastidores de Hollywood.