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Kotscho aponta urgência: Governo precisa resolver crise do INSS para livrar Lula de desgaste

A crise envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem se tornado um dos maiores focos de desgaste do governo federal nos últimos meses. Para o jornalista Ricardo Kotscho, experiente analista político, a demora em dar uma resposta clara ao problema tem colocado o presidente Lula em uma posição desconfortável — e perigosa — diante da opinião pública e do próprio Congresso Nacional.

Segundo Kotscho, o governo precisa com urgência assumir o protagonismo da resolução do caso. A “bomba”, como ele define, não pode continuar sendo empurrada de um lado para o outro enquanto milhares de brasileiros enfrentam dificuldades concretas para acessar aposentadorias, auxílios e benefícios que são, muitas vezes, vitais para sua sobrevivência. A situação, que já extrapola o campo técnico e administrativo, tornou-se um símbolo de ineficiência e desorganização estatal — algo que pode colar na imagem do presidente se não for rapidamente contornado.

O jornalista destaca que há meses o governo sabe das falhas no sistema, do acúmulo de processos parados e da falta de estrutura do INSS para atender à crescente demanda. Além disso, aponta que os ministros diretamente ligados à área social precisam sair do discurso genérico e tomar atitudes práticas. O próprio Lula já demonstrou incômodo em reuniões internas com o fato de o tema ter virado munição para a oposição e para o noticiário negativo.

Kotscho alerta ainda para os efeitos colaterais: enquanto o governo não apresenta uma solução convincente, partidos do centrão se aproveitam do vácuo para pressionar por mais cargos e poder dentro da máquina pública, inclusive no próprio INSS. Isso não apenas enfraquece a base governista, como expõe Lula a chantagens políticas constantes.

Para ele, o Palácio do Planalto deveria encarar o caso do INSS como uma emergência política e institucional, não apenas um problema de gestão. A percepção de abandono ou inércia, em um setor que lida com milhões de vidas diariamente, pode custar caro ao governo em termos de popularidade, governabilidade e até no planejamento de longo prazo.

Na visão de Kotscho, é hora do governo definir a narrativa, anunciar um plano de emergência realista e transparente, e comunicar diretamente com a população — antes que a crise, que já é grave, se transforme em um símbolo definitivo de omissão federal.

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