Troca de óleo: erro comum e ignorado pode danificar gravemente o motor
Muitos motoristas encaram a troca de óleo do carro como uma tarefa simples e rotineira. Porém, um descuido frequente durante esse procedimento pode comprometer seriamente o motor e gerar prejuízos altos. Mais do que escolher o óleo certo, é essencial estar atento a um detalhe muitas vezes ignorado: a substituição do filtro de óleo e a completa remoção do óleo antigo.
O erro mais perigoso: não trocar o filtro de óleo
Um dos maiores riscos na hora da troca está em manter o filtro de óleo antigo. Mesmo que o óleo novo seja de qualidade, ele rapidamente se contamina ao circular por um filtro saturado de resíduos e impurezas. Com o tempo, esse óleo contaminado perde suas propriedades de lubrificação e proteção, acelerando o desgaste de peças internas do motor.
O filtro tem a função de reter sujeiras metálicas, fuligem, fragmentos de borracha e outras partículas que se acumulam no óleo à medida que o motor trabalha. Quando não é trocado junto com o óleo, o sistema fica vulnerável a entupimentos e falhas no fluxo de lubrificação.
Outro perigo: a troca parcial de óleo
Alguns postos e oficinas realizam o que se chama de “sangria parcial”, quando parte do óleo antigo permanece no cárter ou nos dutos internos do motor. Isso é mais comum do que se imagina, principalmente quando a troca é feita sem retirar o bujão inferior e usando apenas uma sucção por cima.
O problema é que o óleo novo se mistura ao resíduo contaminado, reduzindo sua eficiência. Isso é ainda mais grave em carros com motores modernos, que operam com tolerâncias mais justas e exigem uma lubrificação de alta performance.
Misturar tipos diferentes de óleo: outro erro silencioso
Outro erro ignorado por muitos é misturar óleos com especificações diferentes, como sintético com semissintético ou mineral. Mesmo que o dono do carro diga “é só completar”, essa prática pode alterar a viscosidade ideal e afetar o funcionamento de válvulas, comandos e até a bomba de óleo.
Cada motor é projetado para funcionar com uma faixa de viscosidade específica (como 5W30, 10W40, etc.), e respeitar essa indicação é fundamental. Além disso, há aditivos específicos em cada tipo de óleo, que podem ser incompatíveis quando misturados.
As consequências de uma troca malfeita
Os danos de uma troca de óleo mal feita nem sempre aparecem de imediato. No curto prazo, o carro pode até continuar funcionando normalmente, mas os desgastes internos se acumulam. Entre os problemas mais comuns, estão:
- Aumento do consumo de combustível
- Ruídos metálicos no motor
- Superaquecimento
- Perda de potência
- Redução da vida útil do motor
- Trava ou fundição de componentes internos
Em alguns casos, o conserto pode ultrapassar os R$ 10 mil, especialmente se o motor precisar ser retificado ou substituído.
Dicas para uma troca de óleo segura
- Siga o manual do fabricante: Respeite o tipo, a viscosidade e o intervalo de troca recomendados para seu veículo.
- Troque sempre o filtro junto com o óleo: Isso garante um sistema limpo e eficiente.
- Evite completar com óleo diferente: Se for necessário, use o mesmo tipo e marca sempre que possível.
- Fique atento à cor e ao cheiro do óleo: Se estiver muito escuro ou com odor de queimado, é sinal de deterioração.
- Exija que a troca seja completa: Em oficinas, peça que o óleo antigo seja totalmente removido antes da reposição.
Conclusão
Trocar o óleo é uma das manutenções mais baratas e importantes para a saúde do motor. Mas, quando feita de forma negligente, pode transformar uma simples rotina em um grande problema mecânico. Ficar atento aos detalhes da troca e buscar oficinas de confiança faz toda a diferença para preservar o desempenho e a durabilidade do carro.